Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - Minérios de ferro bruto ou beneficiado, óleo diesel e automóveis para passageiros com motor entre 1.5 a 3.0 cilindradas lideraram a relação dos 15 maiores produtos industriais brasileiros em 2011, em termos de valor das vendas, informa a Pesquisa Industrial Anual - Produto (PIA-Produto), divulgada hoje (21) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em quarto lugar, aparecem óleos brutos de petróleo.
Segundo informou à Agência Brasil o analista da Coordenação de Indústria do IBGE, Denis da Costa, a análise por regiões mostra que enquanto minérios de ferro lideraram no Norte e no Sudeste, o óleo diesel exerceu supremacia no Nordeste e no Sul do país. Já na Região Centro-Oeste, predominou a indústria de carnes de bovinos.
Outro dado que ele considerou interessante foi que, pela primeira vez, em 13 anos, as vendas de minério de ferro ultrapassaram as de óleo diesel. “[Houve] um grande número de exportações de minério de ferro em 2011”, comentou.
De acordo com a pesquisa, as exportações brasileiras de minério de ferro e pelotas somaram 330,8 milhões de toneladas, em 2011, com valor de US$ 41,8 bilhões. Em comparação ao ano anterior, a expansão observada atingiu 6,4% em quantidade e 44,6% em valor. O principal país de destino foi a China, que participou com 51% do total.
As vendas dos 100 maiores produtos industriais somaram em 2011 cerca de R$ 908 bilhões. Destaque para minérios de ferro, cujo valor das vendas atingiu R$ 50,851 bilhões. O valor de produção dos 100 maiores produtos alcançou R$ 1,152 trilhão.
Comparando as perdas e ganhos registrados no período de 2007 a 2011, Denis da Costa informou que alguns produtos se sobressaíram. O maior avanço coube ao biodiesel, que passou da posição 382 no ranking, há cinco anos, para a 43ª posição, em 2011.
Outro destaque foram as pedras britadas, que ganharam 118 posições, subindo da 193ª para a 75ª posição. Do mesmo modo, computadores pessoais portáteis, conhecidos como laptops, evoluíram da posição 118 para o patamar 44, no período pesquisado.
Em contrapartida, o setor que perdeu mais posição de 2007 para 2011 foram as chapas, bobinas, fitas e tiras de aço: o setor subiu da posição 47, em 2007, para a 90, em 2011. Costa avaliou que isso está relacionado não só ao acúmulo de produção de aço no mundo, mas também à questão dos outros produtos. “Conforme os outros produtos ganham em termos de posição, esses ficam para trás”.
Também os computadores de mesa, chamados PC, mostraram perda no ranking. “Como o laptop ganhou, esse tipo de computador perdeu 28 posições de 2007 para 2011. Ele estava na posição 50 e foi para a 78”, disse o analista.
Edição: José Romildo
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