Elaine Patricia Cruz
Repórter da Agência Brasil
São Paulo - O ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, disse que o trabalhador brasileiro tem muito a comemorar neste 1º de Maio. “É importante celebrarmos hoje a conquista, sobretudo dos últimos dez anos, quando a classe trabalhadora deixou de ser marginalizada e passou a ser contemplada, efetivamente por políticas sérias de governo de inclusão social”.
Segundo ele, 86% das categorias tiveram aumento real de salário o que significa que, apesar de a economia não estar tendo um grande crescimento, o trabalhador está conquistando crescimento em seu salário. Carvalho participou de ato político promovido pela Central Única dos Trabalhadores (CUT), no qual também estavam presentes o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, o ministro do Trabalho, Manoel Dias, e o presidente da CUT, Vagner Freitas.
O ministro do Trabalho informou que no próximo dia 14, a presidenta Dilma Rousseff deve se reunir com as centrais sindicais para discutir uma série de pautas trabalhistas. Entre as propostas que a CUT pretende discutir está a do Projeto de Lei 4.330, de 2004, que permite a liberação da terceirização como atividade-fim de uma empresa. A CUT é contra o projeto. A central também pretende levar outras pautas para discussão tais como a redução da jornada de trabalho e o fim do fator previdenciário.
Os organizadores do ato estimaram em 120 mil o número de participantes, mas para a Polícia Militar (PM), havia entre 20 mil e 25 mil pessoas. Segundo a PM, o evento transcorreu sem grandes incidentes. Os jornalistas, porém, reclamaram por terem ficado em áreas cercadas no fundo do palco, impossibilitados de se locomover.
Para o ministro do Trabalho, a participação de possíveis candidatos à Presidência da República em eventos promovidos pelas centrais sindicais demonstra que o país já vive um período pré-eleitoral. O presidente da CUT negou que os atos promovidos pelas centrais estejam relacionados a campanhas pré-eleitorais e que reflitam a polarização entre as centrais.
“Do ponto de vista da CUT, digo que não [é um evento eleitoral]. Estamos fazendo um evento sindical e convidamos autoridades que achamos necessário que estivessem aqui. Não queremos fazer polarização política. Queremos é discutir sustentabilidade no desenvolvimento, mas acima de tudo colocar a pauta dos trabalhadores no dia [do Trabalho]”.
Edição: Tereza Barbosa
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