BBC Brasil
Brasília - Um terremoto de 6,6 de magnitude deixou pelo menos 100 mortos na província de Sichuan, sudoeste da China. O tremor bloqueou estradas, destruiu prédios e levou a um corte no fornecimento de energia elétrica na região do condado de Lushan, deixando centenas de feridos, segundo a imprensa estatal do país.
As equipes de resgate estão tendo dificuldade para chegar às áreas mais afetadas devido à destruição das estradas, aos tremores secundários e a deslizamentos de terra. Cerca de 6 mil soldados e policiais foram enviados à região para ajudar nas operações de resgate no epicentro do terremoto, a cerca de 115 quilômetros a oeste da capital da província, Chengdu.
O novo primeiro-ministro da China, Li Keqiang, viajou para supervisionar as equipes de resgate na região.
Um grande terremoto atingiu Sichuan em 2008 e causou pelo menos 90 mil mortes e deixou 5 milhões de pessoas desabrigadas.
Especialistas afirmaram que o tremor ocorreu a apenas 12 quilômetros abaixo da superfície da terra, uma profundidade pequena que geralmente indica grandes danos.
Na capital da província de Sichuan, Chengdu, os moradores sentiram o terremoto e saíram correndo para as ruas enrolados em cobertores.
Aaron Ozment, que mora na cidade, disse à BBC que ocorreu uma grande confusão na cidade. "Joguei algumas roupas rapidamente [em uma mala] e corri para o pátio do complexo [onde moro]. Fazer telefonemas era quase impossível, todo mundo estava tentando entrar em contato com todo mundo que conhecia", disse.
Os moradores da cidade mais próxima do epicentro, Ya'an, sentiram o terremoto principal e os tremores secundários, mas a cidade não parece ter sofrido danos mais graves.
Antes de viajar, o novo primeiro-ministro da China, Li Keqiang, foi entrevistado pela agência de notícias estatal Xinhua. "A questão mais urgente é conseguir agir nas primeiras 24 horas depois da ocorrência do tremor, o tempo ideal para salvar vidas", disse.