Renata Giraldi
Repórter da Agência Brasil
Brasília – As divergências políticas e ideológicas podem ser superadas pelo envolvimento da sociedade civil em busca de uma solução para a causa comum: a paz. Em entrevista à Agência Brasil, o ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, disse ter ficado impressionado, ao visitar a região de Israel e da Palestina, e observar as ações de grupos palestinos e israelenses que tentam negociar o fim dos conflitos em uma região onde a disputa territorial é histórica.
“São elementos na sociedade israelense e palestina que militam pela paz, que desejam um futuro de paz e de cicatrização das feridas”, destacou o chanceler, que visitou no ano passado, Israel e a região da Faixa de Gaza. “Vi grupos de pais, que perderam seus filhos, que se dão as mãos. Isso não é impossível”, disse o ministro, lembrando que a tensão no Oriente Médio é agravada pela ausência de solução envolvendo Israel e Palestina.
Há mais de 60 anos, a Assembleia Geral das Nações Unidas, presidida pelo embaixador brasileiro Oswaldo Aranha, aprovou a criação de dois Estados independentes no Oriente Médio – o de Israel e o da Palestina. Mas até hoje a questão referente à Palestina está em aberto. Para o governo brasileiro, essa é uma das maiores ameaças à paz e à segurança internacionais.
No ano passado, as autoridades brasileiras condenaram a construção de assentamentos israelenses, promovidos com o apoio do governo de Israel, nas áreas próximas à Faixa de Gaza e em Jerusalém Oriental. Ao mesmo tempo, o governo brasileiro tem reiterado a rejeição à violência cometida contra civis.
Edição: Talita Cavalcante
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