Renata Giraldi*
Repórter da Agência Brasil
Brasília – O Parlamento de Portugal, que é unicameral e formado por 230 deputados, rejeitou hoje (4) as moções de censura ao governo propostas por pequenos partidos. As moções foram propostas porque os partidos rejeitam o plano de austeridade apresentado pelo governo, que impõe cortes e elevação de impostos.
As discussões se estenderam por quatro horas e o primeiro-ministro português, Pedro Passos Coelho, teve de prestar esclarecimentos aos parlamentares.
A Assembleia da República, que é o Parlamento de Portugal, é integrado atualmente por parlamentares de seis grupos políticos: o Partido Social Democrata (PSD), Partido Socialista, (PS), Partido Popular (CDS-PP), Partido Comunista Português ( PCP), Bloco de Esquerda (BE) e Partido Ecologista Os Verdes ( PEV).
As moções de censura foram propostas pelo PCP e pelo Bloco de Esquerda (BE). Durante as discussões de hoje, a deputada independente da bancada do PS, Isabel Moreira, anunciou que sua decisão era apresentar um voto a parte.
Passos Coelho defendeu a adoção das medidas de contenção, informando que o objetivo é “salvaguardar” quem ganha menos. O primeiro-ministro acrescentou ainda que 88% dos aposentados e pensionistas estão salvos de quaisquer medidas de redução de seus benefícios.
Nos últimos meses, o governo anunciou cortes de benefícios e aumento de impostos e tarifas públicas. Dirigentes sindicais reagiram às medidas convocando greves. Nesta manhã, houve registros de dificuldades no transporte ferroviário na região metropolitana de Lisboa, a capital portuguesa, em decorrência de paralisações-relâmpagos.
*Com informações da agência pública de notícias de Portugal, Lusa
Edição: Davi Oliveira