Chanceler paraguaio diz que OEA não vai sancionar o país

02/07/2012 - 18h16

Roberta Lopes*
Repórter da Agência Brasil

Brasília - O ministro das Relações Exteriores do Paraguai, José Félix Estigarribia, disse hoje (2) que a Organização dos Estados Americanos (OEA) não deverá aplicar sanções ao seu país por causa da crise política que se instalou com o impeachment do ex-presidente Fernando Lugo. As declarações foram dadas depois da reunião entre o secretário-geral da OEA, José Miguel Insulza, e o presidente paraguaio Federico Franco.

“Não vemos esse cenário [de uma possível sanção], estamos otimistas”, disse Estigarribia. Ele disse ainda que, durante a reunião entre Insulza e Franco, o presidente argumentou que não houve quebra da ordem democrática no Paraguai nem violações de direitos humanos.

Estigarribia destacou que o secretário-geral da OEA fez consultas sobre a situação política paraguaia e o governo garantiu que “a democracia funciona e as instituições estão vigentes, há absoluta liberdade de imprensa, e não há presos políticos”.

A missão da OEA é encabeçada pelo secretário-geral da organização, José Miguel Insulza, que chegou ao Paraguai no domingo.

Insulza apresentará um relatório ao Conselho Permanente da OEA, formado por 35 nações, na segunda semana de julho. Com base nisso, a organização deverá se posicionar sobre a situação do Paraguai.

O Mercosul e a União de Nações Sul-Americanas (Unasul) suspenderam politicamente o Paraguai até que sejam feitas novas eleições, marcadas para o ano que vem.


*Com informações da agência pública de notícias do Paraguai - IP
Edição: Rivadavia Severo