Curta na Praça leva filmes brasileiros a cidades do Rio e do Espírito Santo

30/06/2012 - 19h15

Paulo Virgilio
Repórter da Agência Brasil

Rio de Janeiro - Seis cidades do interior fluminense e do estado do Espírito Santo já foram percorridas pela quarta edição do projeto Curta na Praça, que tem como objetivo levar o filmes brasileiros a comunidades que não têm cinema. Neste sábado e domingo, moradores de Cabo Frio, na Região dos Lagos, podem assistir, em sessões gratuitas, às 18h30 e às 20h30, na Praça São Cristóvão, a uma programação de curta-metragens nacionais, muitos deles premiados em festivais de cinema.

No próximo fim de semana, dias 7 e 8, o Curta na Praça estará em Búzios, outra cidade da região. Desde 19 de maio, o projeto já passou por São Francisco do Itabapoana, Campos e Macaé, no estado do Rio, e Itapemirim, Guarapari e Vitória, no Espírito Santo.

“No tempo de uma sessão em que normalmente se exibe um longa-metragem, mostramos cinco curtas de temática atual e variada, o que serve para situar o público diante da cinematografia brasileira”, explica a atriz e produtora de cinema e teatro Juliana Teixeira, criadora do projeto.

Entre os 24 curtas desta edição estão os filmes Passageiro, de Bruno Mello, eleito melhor curta-metragem no Festival do Rio 2011, pelo júri popular, e Enciclopédia, do diretor Bruno Gularte, premiado em oito festivais, entre eles, o de melhor filme da edição de 2010 do Festival Internacional de Cinema Infantil (Fici), feito anualmente em várias capitais brasileiras.

No ano passado, quando o Curta na Praça percorreu cinco cidades fluminenses, o público chegou a 12 mil pessoas. Para esta edição, a estimativa dos organizadores é que a mostra seja vista por mais de 20 mil espectadores, com uma média de 600 por sessão. Como se destinam a ser uma atração gratuita para toda a família, são selecionados curtas sem cenas de violência, sexo e consumo de drogas. O importante, segundo Juliana Teixeira, é a formação de plateias.

“Mesmo nos municípios onde existem salas, a maior parte da população não têm o hábito de ir ao cinema e muito menos de ver filmes brasileiros”, diz.

O projeto, que tem patrocínio de empresas privadas, também promove debates com alguns dos realizadores dos filmes apresentados, votação para escolha pelo público dos filmes prediletos, sorteio e distribuição de brindes.

Edição: Talita Cavalcante