Em referendo marcado para 2013, moradores das Ilhas Malvinas decidirão sobre domínio britânico

12/06/2012 - 13h12

Renata Giraldi
Repórter da Agência Brasil

 


Brasília – No primeiro semestre de 2013, os moradores das Ilhas Malvinas, também chamadas de Falklands, votarão em um referendo para decidir se desejam permanecer como território britânico. A disputa pelo domínio da região é intensa entre argentinos e britânicos, mas se agravou em 1982, quando houve um conflito armado. Hoje (12) as autoridades britânicas, responsáveis pelas ilhas, anunciaram a realização da votação.  

Desde o século 19, as Ilhas Malvinas são alvo de disputa entre argentinos e britânicos. No cenário internacional, o governo da presidenta Cristina Kirchner defende que a região pertence ao território argentino. Porém, os britânicos argumentam que a região se autogoverna e que apenas pertence à Grã-Bretanha.

A polêmica sempre é mencionada nas reuniões das Nações Unidas e da Organização dos Estados Americanos (OEA), além da União de Nações Sul-Americanas (Unasul) e do Mercosul, entre outras.

O presidente da Assembleia Legislativa das Ilhas Malvinas, Gavin Short, condenou hoje a pressão dos argentinos que levantam dúvidas sobre o desejo dos moradores locais em permanecer sob controle da Grã-Bretanha. “Estamos realizando este referendo não porque temos qualquer dúvida sobre quem somos e o que queremos do futuro, mas para mostrar ao mundo como estamos certos  sobre essas questões.”

“O referendo será organizado pelo governo das Ilhas Falkland e ocorrerá no primeiro semestre de 2013. Nós iremos convidar observadores internacionais independentes para acompanhar todo o processo e verificar os resultados. Datas específicas e detalhes sobre a questão serão anunciados nas próximas semanas”, completou Short.

O ministro das Relações Exteriores da Grã-Bretanha, William Hague, disse ainda que a decisão definida no referendo será respeitada pelos britânicos e deve ser seguida também pela comunidade internacional. “A voz do povo das Falklands deve ser ouvida. Eu realmente espero que a Argentina, assim como a comunidade internacional em geral, se una ao Reino Unido e preste atenção ao que eles têm a dizer.”

 

 

Edição: Lílian Beraldo