Taxa média de juros para pessoa física fica estável em março após quatro quedas seguidas, aponta Anefac

11/04/2012 - 13h34

Camila Maciel*
Repórter da Agência Brasil

São Paulo – Depois de quatro meses seguidos em queda, a taxa média de juros para pessoa física cobrada por instituições financeiras ficou estável em março, segundo levantamento divulgado hoje (11) pela Associação Nacional de Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac). A taxa de 6,33% ao mês, já registrada em fevereiro, é a menor desde o início da série histórica, em 1995.

Das seis linhas de crédito pesquisadas, três tiveram os juros elevados: cheque especial, empréstimo pessoal com financeiras e empréstimo pessoal com bancos. A variação, no entanto, não passou de 0,03 ponto percentual. As taxas nas operações de cartão de crédito rotativo e financiamento de veículos em banco ficaram estáveis, em 10,69% e 1,97% ao mês, respectivamente. Já as taxas cobradas no comércio tiveram uma redução de 1,62 ponto percentual, passando de 4,95% ao mês em fevereiro para 4,87% ao mês em março.

Segundo a pesquisa, no caso das pessoas jurídicas, todas as linhas de crédito tiveram redução em março. Os juros médios caíram 0,02 ponto percentual, passando de 3,72% ao mês em fevereiro para 3,7% ao mês, em março. É a menor taxa média desde dezembro de 2009.

O processo de queda da taxa básica de juros (Selic), que serve de parâmetro para as taxas de crédito, começou em agosto de 2011. À época, a Selic caiu 0,5 ponto percentual, para 12% ao ano. Nas três reuniões seguintes, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central repetiu o corte de 0,5 ponto percentual. Em março, a queda foi ainda maior, 0,75 ponto percentual. Com isso, a Selic chegou a 9,75% ao ano.

Na semana que vem, o Copom volta a se reunir para definir a nova taxa básica. Para a Anefac, a perspectiva é que os juros voltem a ser reduzidos nos próximos meses. A entidade aposta em novas quedas da Selic, como consequência de medidas recentes do Banco Central e do Ministério da Fazenda para evitar uma forte desaceleração da economia.

*Colaborou Kelly Oliveira // Edição: Juliana Andrade