Paulo Virgilio
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - Cerca de mil catadores que atuam no Aterro de Gramacho, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, se reuniram hoje (31), em assembleia, para discutir e aprovar as regras de utilização dos recursos do fundo de apoio à categoria, de R$ 1,4 milhão por ano. A assembleia foi uma iniciativa do Conselho de Liderança dos Catadores de Gramacho, com o apoio da Secretaria Estadual do Ambiente e da prefeitura de Duque de Caxias.
Terão prioridade às pessoas que adquiriram deficiências por causa do trabalho de catação e os idosos. Também foi decidido que os recursos podem ser investidos em um negócio próprio ou aplicados para gerar renda, para que os catadores possam reorganizar a vida.
Segundo o coordenador do Movimento dos Catadores do Estado do Rio de Janeiro e integrante do Conselho de Lideranças de Gramacho, Alexandre Freitas, a maior preocupação é com relação aos idosos. “Defendemos que os idosos e os que possuem deficiência recebem os recursos de forma integral. A nossa preocupação é garantir a renda para os idosos que já não tem mais condições de continuar trabalhando”.
Há cerca de um ano, a Secretaria Estadual do Ambiente assumiu o compromisso com os catadores de buscar parcerias governamentais e não governamentais para assegurar o futuro dos catadores e suas famílias, após o fechamento do aterro, previsto para junho deste ano.
No dia 9 deste mês, após reunião com o chefe de gabinete da Secretaria-Geral da Presidência da República, Diogo de Santana, o secretário estadual do Ambiente, Carlos Minc, anunciou a antecipação, pela Caixa Econômica Federal, de dez anos de recursos do Fundo de Apoio ao Catador de Gramacho – cerca de R$ 14 milhões para os catadores.
O ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, deve oficializar a criação de um pacto político em prol dos catadores, envolvendo os governos federal, estadual e municipal, a sociedade civil e a iniciativa privada no dia 15 de maio, no Rio de Janeiro.
Edição: Rivadavia Severo