Nova Friburgo está em estado de atenção após temporal do fim de semana

20/12/2011 - 16h30

Cristiane Ribeiro
Repórter da Agência Brasil

Rio de Janeiro – A Defesa Civil do município de Nova Friburgo, na região serrana do Rio de Janeiro, mantém interditada uma casa de três andares, erguida em área de encosta e que ameaça desabar depois da forte chuva do último fim de semana. O local onde a casa foi construída é considerado de alto risco e, por isso, a rua de acesso ao imóvel também está fechada. As quatro famílias que moram na casa interditada foram levadas para a Escola Municipal Claudir Antônio de Lima.

No centro, funcionários da prefeitura aproveitaram o dia se sol para retirar a lama de bueiros e da Praça do Suspiro, a principal da cidade. No Bairro Córrego Dantas, um dos mais prejudicados pelos temporais de janeiro deste ano, o riacho que dá nome ao local transbordou e alguns moradores ficaram ilhados.

O coordenador da Defesa Civil de Nova Friburgo, coronel João Paulo Mori, disse que a cidade está em estado de atenção e que o clima é de preocupação, pois o município ainda está “vulnerável” por causa dos estragos causados pela enxurrada que atingiu a região serrana do Rio no início do ano, deixando pelo menos 900 mortos e centenas de famílias desabrigadas. Segundo ele, a chuva forte que caiu em Nova Friburgo no último fim de semana não era esperada.

“Existem várias encostas que oferecem risco. Elas estão sendo monitoradas, as pessoas sendo avisadas por todos os meios de comunicação, mas a preocupação é grande”, admitiu o militar.

Há dois meses o governo do estado está implantando na região serrana um sistema de alerta de tempestades. Sirenes são acionadas em áreas de encostas diante da proximidade de temporais que podem provocar deslizamentos. O objetivo, conforme explicou o coronel Mori, é retirar com a maior rapidez os moradores das áreas de risco e evitar mortes.

“É uma novidade tanto para a população como para a Defesa Civil no país inteiro, pois este tipo de sistema só existe em países acometidos por catástrofes, como terremotos e tsunamis. Mas, aqui, as sirenes não foram usadas ainda. Esperamos passar o verão inteiro sem ter que acioná-las”, disse.

Edição: Vinicius Doria