Da Agência Brasil
Rio de Janeiro - O prefeito em exercício de Nova Friburgo, na região serrana fluminense, Demerval Neto, e o secretário de Governo, José Ricardo Carvalho de Lima, foram afastados preventivamente dos cargos hoje (7) pela Justiça Federal. Eles são acusados de desvio de recursos públicos, superfaturamento e ilegalidade em dispensas de licitação. Os dois, e mais o secretário de Educação, Marcelo Verly de Lemos, e os empresários Adão de Paula e Alan Cardeck Miranda de Paula, também tiveram os bens bloqueados.
As irregularidades resultaram até agora em prejuízo de R$ 318 mil aos cofres públicos, segundo o Ministério Público Federal. De acordo com o procurador responsável pelo inquérito, Marcelo Medina, as investigações começaram em janeiro, após o repasse de cerca de R$ 10 milhões pela União para a reconstrução do município atingido pelas chuvas de janeiro.
“Com a análise minuciosa dos documentos apreendidos, além de outras provas e depoimentos de testemunhas e investigados, o Ministério Público Federal chegou à conclusão de que houve ato de improbidade administrativa”, disse Medina.
Demerval Neto tem 15 dias para recorrer da decisão e apresentar suas justificativas. Caso condenados, os réus poderão perder os cargos públicos, ter os direitos políticos suspensos, além de ressarcir o prejuízo e as demais penalidades previstas na Lei de Improbidade Administrativa. A assessoria da prefeitura de Nova Friburgo foi procurada, mas ninguém foi encontrado para comentar o assunto.
O prefeito de Nova Friburgo, Heródoto Bento de Mello, eleito em 2008, está afastado do cargo desde setembro de 2010, quando sofreu um acidente de trem na Suíça.
Edição: Aécio Amado