Cristiane Ribeiro
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - Os 11 policiais militares suspeitos da morte da juíza Patrícia Acioli, titular da 4ª Vara Criminal, de São Gonçalo, região metropolitana do Rio, foram denunciados hoje (10) pelo Ministério Público Estadual. O crime ocorreu no dia 11 de agosto quando a juíza chegava no condomínio onde morava, em Niterói.
Os policiais militares, entre eles, o ex-comandante do 7º Batalhão de Polícia Militar, de São Gonçalo, coronel Cláudio Luiz de Oliveira, foram denunciados por homicídio triplamente qualificado (motivo torpe, emboscada e por tentativa de assegurar impunidade de outros crimes da quadrilha) e por formação de quadrilha armada. Todos estão presos.
O procurador-geral de Justiça do Rio, Cláudio Lopes, disse que já reforçou o pedido de prisão preventiva dos acusados, assegurando que permaneçam presos até o julgamento. Lopes declarou, ainda, que pediu a transferência para um presídio federal, fora do Rio de janeiro, do coronel Cláudio Luiz de Oliveira e do tenente Daniel Benitez. O coronel é acusado de mandante do crime e o tenente de ser o responsável pela execução do plano para matar a juíza.
A denúncia do Ministério Público enfatiza que os 11 policiais militares, todos do Batalhão de São Gonçalo, agiram mediante “prévio ajuste” para garantir as atividades que faziam na região, e que a juíza Patrícia Acioli “sufocava as atividades ilícitas do grupo”.
“O Ministério Público tem convicção de que são verdadeiros bandidos travestidos de policiais, que atuavam em extorsões, assassinatos, entre outros crimes, em São Gonçalo. Todos serão levados a julgamento no Tribunal do Júri”, destacou o procurador.
Edição: Aécio Amado