Alex Rodrigues
Repórter Agência Brasil
Brasília - O Tribunal de Justiça do Pará adiou para daqui a uma semana o julgamento do recurso apresentado pelo fazendeiro Regivaldo Pereira Galvão, conhecido como Taradão. Condenado a 30 anos de prisão pelo assassinato da missionária norte-americana Dorothy Stang, Galvão tenta anular a sentença da 2ª Vara do Tribunal do Júri de Belém, proferida em abril de 2010.
Prevista para hoje (30), a sessão de julgamento foi adiada para a próxima terça-feira (6) a pedido do Ministério Público. Segundo o tribunal, a medida visa a dar tempo para que a relatora da apelação, a juíza Nadja Nara Cobra Meda, a procuradora do Ministério Público Mariza Machado da Silva Lima e os demais integrantes da 1ª Câmara Criminal Isolada analisem um vídeo que o advogado de Galvão, Jânio Siqueira, pretende apresentar como prova.
Em nota, o tribunal explicou que o pedido para que o vídeo de três minutos fosse exibido e acrescentado ao processo só foi protocolado ontem (29) à noite, fora do prazo legal, que determina que qualquer nova prova deve ser apresentada no mínimo três dias antes do julgamento para que todas as partes possam tomar conhecimento da documentação.
Condenado a cumprir sua pena, inicialmente, em regime fechado, Galvão está recorrendo da sentença em liberdade provisória. Ele é o único dos cinco acusados pelo assassinato da missionária que continua solto, e nega qualquer participação no crime.
Os demais acusados já condenados estão presos. São eles Vitalmiro Bastos de Moura, o Bida, condenado a 30 anos de prisão; Rayfran das Neves, o Fogoió, condenado a 27 anos; Clodoaldo Batista, o Eduardo, condenado a 17 anos; e Amair Feijoli, o Tato, sentenciado a 27 anos.
Defensora dos direitos de pequenos produtores rurais da região de Altamira (PA), área de intenso conflito fundiário, Dorothy Stang foi morta com sete tiros em fevereiro de 2005, na cidade de Anapu (PA).
Edição: Juliana Andrade