CCJ do Senado aprova recondução de Gurgel à Procuradoria-Geral da República

03/08/2011 - 17h05

Ivan Richard
Repórter da Agência Brasil

Brasília - Por 21 votos a 1, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado aprovou hoje (3) a recondução de Roberto Gurgel ao cargo de procurador-geral da República. A indicação da presidenta Dilma Rousseff precisa, agora, ser votada pelo plenário da Casa.  

Em pouco mais de duas horas de sabatina, Gurgel foi muito elogiado por sua gestão no Ministério Público Federal, mas teve também que responder a perguntas de senadores da oposição sobre os motivos que o levaram a arquivar a representação contra o chefe da Casa Civil Antonio Palocci e sobre o pedido de condenação dos réus do chamado mensalão.

Sobre o caso Palocci, que deixou o governo após o surgimento de denúncias de que seu patrimônio cresceu mais de 20 vezes em quatro anos, período em que era deputado federal, Gurgel disse que não viu indícios para levar à frente uma ação penal sem que fosse pedida a quebra de sigilos. Segundo ele, Palocci apresentou documentos comprovando que foram recebidos de forma legal os “vultosos” valores pagos a sua empresa de consultoria, a Projeto.

Quanto ao pedido de condenação dos réus do mensalão, Gurgel ressaltou que o país precisa combater a corrupção, que ele considera um dos mais graves problemas do país. “Não há como conceber a atividade política sem a observância dos princípios éticos. Poucos males serão tão terríveis para a República como a corrupção.”

Após ter o nome aprovado pelo plenário do Senado, Gurgel será reconduzido à Procuradoria-Geral da República com mandato de dois anos. Nascido em Fortaleza, Gurgel é casado e tem dois filhos. Ele foi aprovado no quinto concurso público para o cargo de procurador da República e ingressou na carreira em julho de 1982. Foi vice-procurador-geral da República de julho de 2004 a junho de 2009, vice-procurador-geral Eleitoral de julho de 2002 a julho de 2004, e subprocurador-geral da República, promovido por merecimento, desde março de 1994, entre outros cargos dentro da carreira.

Edição: Nádia Franco