Douglas Corrêa
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro – Em menos de 24 horas, seis caixas de energia da concessionária Ligth explodiram no município do Rio de Janeiro. Ontem (4), quatro caixas explodiram na Rua da Assembleia na esquina com a Avenida Nilo Peçanha, no centro, deixando três pessoas feridas.
Até agora à noite, o trecho entre a Avenida Rio Branco e a Rua Uruguaiana, que seria liberado por volta das 13h, permanece fechado por causa do cheiro de gás que vem de dentro da galeria subterrânea. Com isso, o trânsito na hora do rush, quando o carioca deixa o trabalho e vai para casa, ficou mais lento.
Hoje, por volta das 12h, houve uma explosão em uma galeria subterrânea em Copacabana. Segundo comerciantes da região, antes da explosão surgiu uma fumaça na galeria e alguns prédios da região tiveram uma rápida interrupção no fornecimento de energia. Ninguém ficou ferido com o incidente.
Em nota, a concessionária informa que, por volta das 16h30, técnicos isolaram a área em torno de uma caixa subterrânea em outro ponto do centro da cidade, após registro de fumaça no local.
Após a interdição da área e com a sinalização de segurança, a caixa explodiu. A área está interditada para que as equipes de emergência da concessionária façam os reparos necessários na rede subterrânea. Agora à noite, estava saindo fumaça de uma caixa de energia na zona sul da cidade.
Segundo a Light, a fumaça foi provocada por um cigarro que entrou em contato com restos de lixo. Não houve deslocamento da tampa.
O Ministério Público do Rio informou que a Light aceitou a contraproposta de redação do Termo de Ajustamento de Conduta apresentada na última sexta-feira (1º) pelos promotores de Justiça de Defesa do Consumidor Rodrigo Terra e Pedro Rubim.
O impasse surgiu porque a Light não queria aceitar o tipo de ocorrência – explosão de bueiro que cause morte, lesão corporal (leve, grave ou gravíssima), e/ ou dano ao patrimônio público ou privado -, sob pena de multa de R$ 100 mil por explosão de caixa de energia na cidade.
Na reunião da semana passada, a empresa só aceitava a previsão de pagamento de multa apenas para cada explosão que resultasse em morte ou lesão corporal (grave ou gravíssima).
Outra cláusula importante do documento é o cronograma de reforma que a concessionária de energia elétrica terá de seguir. A Light será obrigada a reformar 4 mil câmaras subterrâneas nos próximos dois anos, com monitoramento centralizado e uso de sensores eletrônicos de gás, de água e de presença humana para prevenir novos acidentes. O Termo de Ajustamento de Conduta será assinado amanhã (6), na sede do Ministério Público.
Edição: João Carlos Rodrigues