Luana Lourenço
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O vice-presidente Michel Temer disse hoje (5) que não vê nenhuma “incompatibilidade” na permanência do ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento, no governo, após as denúncias de corrupção que levaram a demissões no alto escalão da pasta.
“Ele vai ao Congresso Nacional se manifestar. Acho que depende da posição dele. Não vejo nenhuma incompatibilidade em ele continuar no governo”, disse o vice-presidente.
Nascimento deve ir ao Senado na próxima semana para explicar as denúncias de superfaturamento e pagamento de propina em contratos do Departamento Nacional de Infraestrutura Terrestre (Dnit).
O governo investiga a denúncia de um esquema de pagamento de propina para integrantes do PR, partido de Nascimento, em troca de contratos de obras ligadas ao ministério.
Quatro servidores da pasta foram afastados após a denúncia, publicada pela revista Veja no último sábado (2): o diretor-geral do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), Luís Antônio Pagot, o chefe de gabinete do ministro, Mauro Barbosa da Silva, o assessor do gabinete, Luís Tito Bonvini, e o diretor-presidente da Valec, José Francisco das Neves.
Temer fez a declaração após passar alguns minutos em um churrasco organizado pela Força Sindical em uma quadra residencial em Brasília. O vice-presidente chegou acompanhado do ministro da Previdência, Garibaldi Alves Filho, e do presidente da Câmara, deputado Marco Maia (PT-RS). Junto com outras centrais sindicais e movimentos sociais, a Força participará amanhã (6) de uma mobilização pela aprovação de reivindicações dos trabalhadores, como a redução da jornada de trabalho.
Edição: João Carlos Rodrigues