Fenabrave eleva projeção de vendas de veículos para este ano

04/07/2011 - 17h15

Elaine Patricia Cruz
Repórter da Agência Brasil
 

São Paulo – A Federação Nacional de Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave) reviu para cima a projeção de vendas de veículos para este ano. Pela previsão inicial da federação, o total de vendas de veículos, incluindo automóveis, veículos comerciais leves, caminhões, ônibus, motos e máquinas agrícolas, cresceria este ano 5,20%, mas a estimativa foi revista para 8,38%.

A venda de automóveis e veículos comerciais leves, antes estimada em 4,20%, deverá atingir 5,90%. “Revisamos um pouquinho. Era em torno de 4,5% e revisamos com 1% a mais, em torno de 5,5% a 5,9% de crescimento”, disse o presidente da Fenabrave, Sérgio Reze.

De acordo com Tereza Fernandez, sócia-diretora da MB Associados, que presta consultoria à Fenabrave, um dos impactos que podem ocorrer agora, no segundo semestre, são os dissídios dos metalúrgicos, dos bancários e dos petroleiros que, segundo ela, vão aumentar a venda de veículos. “Ao longo do segundo semestre, temos julho e agosto de inflação menor. Teremos, portanto, mais vendas em relação ao primeiro semestre", disse Tereza.

Quando o salário se recompõe e a inflação desacelera, o rendimento médio da população aumenta e, com isso, as vendas de veículos podem aumentar, explicou a consultora.

Segundo balanço divulgado hoje (4) pela Fenabrave, 477.933 veículos foram vendidos em junho, o que representou crescimento de 15,97% em comparação com o mesmo mês do ano passado, quando foram comercializadas 411.289 unidades. Do total de veículos comercializados em junho deste ano, 286.938 são automóveis e comerciais leves, que apresentaram uma queda de 4,52% em relação a maio (300.513).

No acumulado do ano, de janeiro a junho, 2.722.392 veículos foram vendidos, valor 10,16% superior a igual período do ano passado, quando foram comercializadas 2.466.629 unidades.

Para Sérgio Reze, o resultado do primeiro semestre não foi surpresa para o setor. “Não surpreendeu porque não houve modificação na economia tão substancial que, ou para baixo ou para cima, provocaria um movimento grande. A economia brasileira está se comportando de uma forma bastante racional. Continua-se com pleno emprego, com equilíbrio no setor financeiro e o aumento da renda”, disse.

Em entrevista coletiva para apresentação dos resultados do setor, Reze disse que o primeiro semestre deste ano foi bom, mas ressaltou que, para a entidade, é preferível ter vendas moderadas, que não sejam muito superiores, nem muito inferiores ao crescimento da economia.

“O ideal é que as vendas acompanhem o crescimento da economia." Se a economia cresce 4% ou 4,5%, é razoável que o setor cresça 5,5% ou 6%, explicou. "Isso não traz distorções para o mercado. E é o que está acontecendo agora.”

 

 

Edição: Nádia Franco