Marcos Chagas
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Pressa é uma palavra que os senadores, da base ou da oposição, não usam quando o assunto é a votação do projeto de lei que altera do Código Florestal Brasileiro, em vigor desde 1965. O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), é o primeiro a dar o tom do discurso que vem sendo repetido pelos demais parlamentares até mesmo antes de a matéria ser aprovada pela Câmara. Segundo ele, antes de se votar a proposta, que ainda será apreciada em pelo menos três comissões – Constituição e Justiça, Meio Ambiente e Agricultura –, os senadores analisarão a matéria “sem atropelo”.
“Eu não posso avaliar [prazos], mas acho que votaremos [o novo código] no tempo necessário, sem nenhum atropelo, de maneira que todas as classes e opiniões envolvidas possam se manifestar”, disse o parlamentar. José Sarney também destacou que, para garantir esse tempo necessário, o ideal seria que a presidenta Dilma Rousseff reeditasse o decreto que isenta de multa os proprietários de terra que descumpriram a legislação ambiental ao explorar áreas de reserva legal. O dispositivo vence em 11 de junho de 2011. Para Sarney, é preciso mais tempo.
Essa posição foi tomada ontem (25) pela bancada do PMDB e Sarney acredita que, neste ponto, há concordância de todos os partidos representados na Casa. “Isso permitirá que o Senado tenha o prazo necessário para ouvir todas as partes e não termos aquela grande controvérsia que tivemos na Câmara dos Deputados”.
Edição: Talita Cavalcante