Danilo Macedo
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A erradicação do vírus H5N1, da gripe aviária, “altamente patogênica”, pode levar décadas, informou hoje (21) a Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO). Segundo a organização, ainda levará pelo menos dez anos para eliminar o vírus nos seis países (Bangladesh, China, Egito, Índia, Indonésia e Vietnã) onde ele é endêmico.
Em comunicado divulgado hoje, a FAO faz recomendações específicas para cada país adotar nos próximos cinco anos na busca da erradicação do vírus. Além disso, também faz um chamado aos governos dos países em que a doença é endêmica e aos doadores internacionais “para um compromisso contínuo nos esforços para a erradicação”.
O momento mais preocupante em relação ao vírus da gripe aviária foi em 2006, quando o H5N1 foi detectado em 60 países. De acordo com a FAO, atualmente a maioria deles conseguiu erradicá-lo, mas o vírus ainda permanece forte em Bangladesh, na China, no Egito, na Índia, na Indonésia e no Vietnã, por uma combinação de três fatores.
O primeiro “está relacionado com a estrutura de seus setores avícolas nacionais”, o segundo “é a qualidade dos serviços veterinários e de produção animal, tanto públicos quanto privados, que nem sempre são capazes de detectar e atender as infecções”, e o último é a “falta de compromisso para enfrentar com firmeza” o H5N1.
O comunicado da FAO traz recomendações detalhadas dirigidas para cada um dos seis países em que o vírus persiste, com “base nas lições aprendidas nos últimos sete anos”, com “enfoque a médio e longo prazos, mais do que se limitar a uma resposta de emergência”.
A organização termina informando que nesse período o programa de combate à doença foi implementado por meio de 170 projetos envolvendo mais de 130 países.
Edição: Nádia Franco