Mariana Jungmann
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), divulgou hoje (7) nota de pesar pela tragédia que ocorreu de manhã no Rio de Janeiro, quando um homem entrou atirando em uma escola e matou 11 crianças, feriu pelo menos 13 e depois se suicidou.
No texto, Sarney lamenta o massacre, ocorrido em Realengo, e classifica o atirador de “desequilibrado”. O presidente do Senado também recorda que foi a própria sociedade que escolheu, em plebiscito, não proibir a venda de armas.
“O sangue de meninas e meninos atingidos por um desequilibrado deve nos fazer meditar sobre o imenso problema da violência e especialmente examinar os resultados do plebiscito que aprovou a venda de armas de fogo, instrumento do crime”, diz a nota.
Os senadores que representam o estado do Rio de Janeiro também falaram sobre o massacre. Para Francisco Dornelles (PP-RJ), todo o Brasil “morreu um pouco” com a tragédia. “Não mataram somente uma dezena de crianças. Mataram também toda a população da cidade do Rio de Janeiro, todo o estado do Rio e todo o Brasil. Todos estamos um pouco mortos hoje.”
O senador Lindberg Farias (PT-RJ) pediu um minuto de silêncio ao plenário. Um pouco antes, em discurso, citou trechos de poesias para tentar expressar o sentimento de dor de todo o estado pelas mortes. Ele também evitou procurar culpados e tratou o assunto como uma tragédia inexplicável. “Sei que é natural, num momento como este, surgirem muitos debates e sei que é natural alguns virem com respostas prontas para dizer o que teria de ter sido feito para que aquilo não tivesse acontecido. Não vou fazer nada disso, porque o fato é inexplicável.”
Antes deles, o senador Marcelo Crivella (PRB-RJ) lembrou na tribuna que a população do Rio tem “na índole o espírito da paz”. “Gostaria de prestar a minha solidariedade às famílias e às mães que hoje ficaram na porta da escola esperando seus filhos que não saíram junto com as outras crianças.” Ele prestou ainda solidariedade às professoras e aos funcionários da escola.
Um voto de pesar às famílias, apresentado por Crivella, também foi aprovado na sessão de hoje do Senado.
Edição: João Carlos Rodrigues