Alagoas registra o pior IDH e a maior taxa de analfabetismo do país

03/10/2010 - 9h45

Yara Aquino
Repórter da Agência Brasil

Maceió - Apesar da pequena extensão, Alagoas – segundo menor estado brasileiro – tem o pior Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do país e tem a maior taxa de mortalidade infantil: são 46,4 óbitos de crianças para cada mil nascidas vivas.

Alagoas tem ainda a menor expectativa de vida, 67,6 anos, e a porcentagem de analfabetos é a maior do Brasil, com 25% das pessoas acima de 15 anos analfabetas.

Para entender a distância dos indicadores alagoanos em relação aos demais estados, basta comparar a porcentagem de pessoas analfabetizadas com a do Amapá que tem o menor índice de analfabetismo do país, 2,8%. Os dados estão na Síntese dos Indicadores Sociais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE).

As desigualdades sociais de Alagoas estão distribuídas pelos 102 municípios que compõem o estado de aproximadamente 3 milhões de habitantes com a capital Maceió. É diante desse cenário de desigualdades sociais que os cerca de 2 milhões de eleitores do estado vão às urnas hoje (3) para escolher seus governantes.

No campo econômico, Alagoas figura como o maior plantador de cana-de-açúcar do Nordeste e grande produtor de açúcar, tendo a Rússia como seu maior comprador.

A participação da indústria da cultura canavieira na economia do estado atinge 45%. As outras atividades com contribuição significativa são o turismo, a indústria alimentícia e a de química e mineração.

Alagoas é também um dos maiores produtores de gás natural do Brasil. O porto da capital, Maceió, é o terceiro principal do Nordeste e o oitavo do Brasil.

Edição: Talita Cavalcante