Mariana Jungmann
Repórter da Agência Brasil

Brasília – As duas funcionárias supostamente fantasmas do gabinete do senador Efraim Moraes (DEM-PB) estão depondo hoje (20) na Polícia Legislativa do Senado. As irmãs Kelly Janaína e Kelriany Nascimento Silva acusam a advogada Mônica Bicalho, lotada no gabinete do senador, de ter utilizado uma procuração passada por elas para abrir contas no Banco do Brasil e na Caixa Econômica Federal e movimentar o salário que elas recebiam pelo Senado sem saber.

As duas alegam que repassaram a procuração à irmã de Mônica, Kátia Bicalho, em função de uma bolsa de estudos no valor de R$ 100 por mês que a funcionária de Efraim ofereceu a elas. Elas negam que soubessem que seriam contratadas pelo Senado e que os salários que entravam nas contas abertas por Kátia em nome delas eram imediatamente repassados para outra conta das irmãs Bicalho. O depoimento das duas começou às 15h e ainda não terminou.

Ontem, Mônica divulgou uma nota por meio da assessoria de imprensa do gabinete do senador, afirmando que as acusações são inverídicas e fruto de um desentendimento com as duas irmãs que provocou a demissão delas. Ainda segundo a nota, a funcionária de Efraim afirma que ela mesma solicitou a contratação das duas e não comunicou ao senador sobre a demissão.

O corregedor do Senado, Romeu Tuma (PTB-SP), disse hoje que vai aguardar o fim dos depoimentos das duas e o de Mônica para decidir se irá abrir algum procedimento contra o Efraim Moraes. Kelly, Kelriany e Mônica devem ser exoneradas no próximo boletim administrativo da Casa.

Edição: Rivadavia Severo