Renata Giraldi
Repórter da Agência Brasil

Brasília – Contrariando as impressões sobre a subserviência e o papel marginalizado feminino na sociedade muçulmana, uma mulher deverá chamar a atenção no 3º Fórum Mundial da Aliança de Civilizações, no Rio de Janeiro. É a  xeica do Catar, Mozah Bin Nasser Al-Thani, de 51 anos, mulher do xeique Hamad Bin Khalifa Al-Thani. Ela é a principal figura política do seu país.

Formada em sociologia, a xeica se destaca pela atuação no mundo muçulmano e também no restante da comunidade internacional pelos esforços em implementar projetos sociais, educacionais e de geração de empregos. É permanentemente convidada a participar de debates para falar de sua experiência nesses setores.

De família aristocrática, a xeica se casou aos 18 anos e teve sete filhos – cinco homens e duas mulheres, mas jamais deixou de lado sua carreira profissional e as ações sociais. É representante de seu país na Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), na Fundação da Democracia Árabe e em outras organizações. Foi eleita pela Revista Forbes, em 1979, como uma das 100 mulheres mais poderosas do mundo.

Com pouco mais de 835 mil habitantes, o Catar está localizado no Golfo Pérsico, fica próximo da Arábia Saudita e dos Emirados Árabes. É um país de democracia recente, pois se tornou independente há 39 anos. A economia é baseada no petróleo, na comercialização de pérolas e na pesca. Por muito tempo foi dominado pela pobreza generalizada. Porém, recentemente, o padrão de vida no país registrou sinais de melhora. Há a presença ocidental em vários aspectos da sociedade. 

Edição: Graça Adjuto