PF faz operação para combater crimes ambientais em município paranaense

24/11/2009 - 9h22

Lúcia Nórcio
Repórter da Agência Brasil
Curitiba - A PolíciaFederal coordena na manhã de hoje (24) a OperaçãoTolerância Zero para reprimir crimes ambientais na áreado Assentamento Celso Furtado, em Quedas do Iguaçu, no Paraná. O objetivoé reprimir a atuação criminosa de madeireirasque extraem e comercializam madeira de forma ilegal em 11municípios localizados nas regiões centro-oeste,sudoeste e oeste do estado.Participamda operação 550 agentes entre policiais federais,militares, da Força Verde, funcionários do Instituto Nacional deColonização e Reforma Agrária (Incra) e doInstituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos NaturaisRenováveis (Ibama). Dezenas de viaturas e helicópterosestão sendo usados para auxiliar no cumprimento de 29 mandadosde prisão expedidos pela Justiça Federal em Cascavel ede 95 ordens para busca e apreensão e para interdiçãode serrarias.Segundo aSuperintendente do Incra no Paraná, Claudia Sonda, a ação ilegal das madeireiras externas ao assentamento tem causado tantodanos ambientais quanto econômicos ao erário, portanto, "devem sempreser combatidas com firmeza”. Ao todo, de acordo com ela, foramencaminhadas pela superintendência regional à PoliciaFederal 24 denúncias deirregularidades.Asinvestigações foram coordenadas pela Delegacia deRepressão aos Crimes contra o Meio Ambiente. De acordo com orelatório, os acusados invadiram o assentamento e expulsaramfamílias assentadas. Segundo a PF, associaçõesde madeireiros da região exploravam e comercializavam madeiraextraída do assentamento, uma área de plantaçãode araucária, de patrimônio da União.Os presosserão interrogados na delegacia da PF em Cascavel, para ondeserá encaminhado o material arrecadado nas buscas.O Assentamento CelsoFurtado está situado nas terras que faziam parte da fazendaGiacomet Marodin, em Quedas do Iguaçu. De acordo com o Incra, a área dafazenda, com 82,6 mil hectares, é o maior latifúndio contínuoda região Sul do Brasil.