Marinha apresenta planos de modernização à indústria

26/10/2009 - 15h46

Marli Moreira
Repórter da Agência Brasil
São Paulo - A construção de submarinos e de navios-patrulhae o desenvolvimento de estratégias para aumentar a presença daMarinha na Amazônia estão entre as prioridades do Programa deEquipamentos e Articulação desse segmento das Forças Armadas. Ainformação foi dada hoje (26) à Agência Brasil pelocomandante da Marinha, almirante-de-esquadra Júlio de Moura Neto.Durante a manhã, ele apresentou a associados daFederação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) um esboçodas metas de modernização incluídas no programa, que seráexecutado ao longo das próximas quatro décadas e cujos projetosestão sendo avaliados pelo Ministério da Defesa.“A Marinha quer construir navios e outrosequipamentos aqui no país e vamos nos valer da capacidade daindústria para que ela cresça mais ainda”, afirmou Moura Neto. Perguntado se o plano está associado a novasestratégias de exploração visando ao crescimento econômico dopaís, como, por exemplo, o pré-sal, o almirante respondeu: ”Ogoverno brasileiro precisa e já decidiu pela melhor capacitaçãodas Forças Armadas. Com a descoberta do petróleo no mar, ficam claras as responsabilidades ainda maiores daMarinha.”Segundo o almirante, as prioridades são aconstrução de submarinos, de navios-patrulha e da segunda esquadrado reforço do poder naval, o projeto de povoamento da Amazônia e osistema de gerenciamento das águas jurisdicionais brasileiras, que échamado de Amazônia Azul. De acordo com o diretor do Departamento daIndústria de Defesa (Comdefesa), Jairo Cândido, o plano, a serdesenvolvido até 2050, “é extremamente ambicioso” e abrangedesde a viação naval e todos os meios de navegação marítima atéa vigilância do mar e a estrutura para a operação nas águasinternas.Cândido informou que já estão em andamento osplanos do navio de superfície e de um navio de l.800 toneladas,entre outros, para melhor capacitação da Marinha. ”Chegamos quaseao sucateamento das Forças Armadas”, afirmou o diretor doComdefesa. Ele ressaltou, porém, que, desde dezembro do ano passado,o governo está empenhado em corrigir essa defasagem.Para Jairo Cândido, o Brasil o está preparadopara absorver toda a transferência de tecnologia necessária para anacionalização do fornecimento à Marinha. Dizendo-se animado com oimpulso que esse programa deverá proporcionar ao setor produtivo,ele destacou que só três projetos envolvem compras em torno de R$50 bilhões.