Presidente eleito do Uruguai assume com o dever de resolver crise das papeleiras e com o Mercosul

25/10/2009 - 9h13

Renata Giraldi
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Em comum os candidatos à Presidência do Uruguai têm dois temas quepreocupam o governo brasileiro: as queixas sobre a integração do paísno Mercosul e a chamada “crise das papeleiras” - impasse envolvendofábricas de celulose decorrente da construção de duas usinas na fronteira entre Uruguai e Argentina. O próximo presidentedo Uruguai terá de dar uma resposta à sociedade às duas questões. Até a posse em 1º de março, o vitorioso deverá negociar os termos de um acordo. Osuruguaios reclamam da falta de apoio do Brasil e do bloco na solução dacontrovérsia. Analistas políticos afirmam que entre os candidatos apresidente do Uruguai José "Pepe" Mujica, da Frente Ampla, seria o maiscompreensivo com a política adotada pelo Brasil, enquanto Luis AlbertoLacalle, do Partido Nacional, e Pedro Bordaberry, do Partido Colorado,são mais severos. A construção da usina foi rejeitada por moradores do lado da Argentina que temiam a contaminação provocada por essas fábricas. A tensão bilateral fez com que a espanhola Ence mudasse a localizaçãode sua fábrica para outra área no Uruguai, enquanto a finlandesa Botniadecidiu manter a construção.  O assunto está na Corte Internacional deJustiça à espera de uma decisão.Paralelamente, os uruguaiosnegociam acordos bilaterais com o Brasil destinados a investimentos nasáreas de infraestrutura, energia e modernização portuária e detransportes.