Jobim descarta envio de tropas para proteger embaixada brasileira em Honduras

28/09/2009 - 0h00

Thais Leitão
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - O ministro da Defesa,Nelson Jobim, descartou na manhã de hoje (28) o envio de homens dasForças Armadas à capital de Honduras, Tegucigalpa, para proteger aEmbaixada do Brasil naquele país. Segundo Jobim, a solução doimpasse é “exclusivamente diplomática”.“Não podemosentrar com força em um país estrangeiro. Para entrar com força emum país só se declararmos guerra. Não há nenhuma possibilidade depensar em movimentos armados”, afirmou o ministro, que participouno Rio de Janeiro da abertura da Conferência InternacionalNuclear.De acordo com ele, há apenas dois casos no mundo deembaixadas protegidas por forças brasileiras: um deles é em Abidjan, na Costa doMarfim, e o outro é em Kinshasa, no Congo. Jobim ressaltou, no entanto, que apresença de tropas especiais brasileiras se dá com a autorizaçãodos governos locais, “tendo em vista a instabilidade do própriopaís”.O ministro da Defesa também disse acreditar que ogoverno hondurenho “terá a lucidez” de determinar a saída debrasileiros do país. “Os brasileiros vão sair de lá, a questãoé como isso vai se desenvolver”, acrescentou. O Brasil eHonduras vivem um impasse desde que o presidente deposto, ManuelZelaya, buscou abrigo na embaixada brasileira no país. Ontem (27), oministro de Relações Exteriores interino de Honduras, Carlos LopezContreras, anunciou que a representação brasileira seráconsiderada "um prédio privado" se em dez dias opresidente Luiz Inácio Lula da Silva não informar oficialmente emque condições Zelaya está abrigado.