Tarifas mais altas para empresa podem ser compensação por limites para pessoa física

23/09/2009 - 15h05

Daniel Lima
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O estudo Acompanhamentode Tarifas Bancárias,elaborado pela Secretaria de Acompanhamento Econômica (Seae,) doMinistério da Fazenda, e pelo Banco Central (BC), não descarta que osbancos tenham compensado as limitações impostas pelo governo para acobrança de tarifas de pessoas físicas com a elevação no segmentodas empresas. Desde o ano passado, os bancos são obrigados pelaResolução3.518 do Conselho Monetário Nacional (CMN) a isentar as pessoasfísicas de uma série de tarifas.“Assim,é possível que movimentos de subsídio cruzado surjam entre essesdois setores, isto é, os bancos poderiam compensar a existência derestrições no segmento de pessoas físicas com reajustes de preçosnos segmentos de pessoas jurídicas”, registra o estudo.Segundo os técnicos daSeae e do BC, das 82 tarifas divulgadas, 46 mostraram elevação devalor médio no período analisado – janeiro de 2008 a julho de2009. Os aumentos mais significativos foram registrados entre maio doano passado e julho deste ano, o que, segundo o estudo, poderia “serinterpretado como um movimento de adequação ao novo panoramaregulatório”.O documento destacaainda que, como no caso das pessoas jurídicas não há um períodomínimo a ser respeitado entre os reajustes, as variações pode terocorrido de forma gradual. Segundo a Resolução 3.518, paraas pessoas físicas, esse prazo é de 180 dias. Conheça algumas tarifas para empresas que tiveram aumento:

  • Renegociaçãode dívida: 245%
  • Renovaçãode ficha cadastral: 93%
  • Manutençãode cartão de débito e saque: 20%
  • Confecçãocartão de débito e saque: 33%
  • Anuidadecartão múltiplo internacional: 30%
  • Cheque(talão com dez folhas): 23%
  • Exclusãodo cadastro de cheques sem fundos: 28%
  • Compensaçãode cheques: 24%
  • Concessãode cheque especial: 79%
  • Renovaçãode cheque especial: 32%