Analistas mantêm praticamente estável a projeção para inflação em 2009

08/09/2009 - 9h32

Daniel Lima
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O mês de setembrocomeçou com os investidores e analistas do mercado financeiroprevendo um leve aumento da inflação apurada pelo Índice de Preçosao Consumidor Amplo (IPCA).Deacordo com a pesquisa do Banco Central realizada até o último dia 4e divulgada hoje no boletim Focus, o índice adotado pelogoverno para fixar as metas de inflação pode ficar em 4,30% nofinal do ano e não mais 4,29%, como estimado anteriormente. Ataxa de câmbio ficaria estável em R$ 1,85 e a taxa básica de juros(Selic) também estável em 8,75%. Ou seja, pela pesquisa analistas einvestidores estão convictos de que o Comitê de Política Monetáriado Banco Central não deve realizar mais nenhuma redução na taxabásica até o final do ano, permanecendo o mesmo valor já mantidona última reunião na semana passada.A projeção para adívida líquida do setor público em comparação com o ProdutoInterno Bruto (PIB) – a soma de bens e serviços produzidos no país- elevou-se pela quarta semana consecutiva com a estimativa passandopara 42,50% ante os 42,43% da pesquisa anterior realizada até odia 28 de agosto.Quandose trata de crescimento da economia, o humor dos analistas melhorou,com o PIB invertendo a curva decrescente para ascendente com oindicador passando de -0,30% para -0,16%. A produção industrial,porém, passou a indicar queda de -6,93% para -7,35%.Na avaliação domercado financeiro, o saldo da balança comercial fecharia o ano emUS$ 24,30 bilhões e os investimentos estrangeiros diretos em US$ 25bilhões. Isso não evitaria, no entanto, um deficit em contacorrente ( um dos principais indicadores das contas externas do país)de US$ -15,05 bilhões até dezembro.Para2010, o cenário permanece estável para o IPCA em 4,30%, e para ataxa de câmbio, em R$ 1,85 no mesmo período. A taxa básicasofreria uma elevação para 9,25% e a relação entre a dívidapública líquida e o PIB seria de 40,95%, comparativamente menor doque a deste ano, estimada em 42,50%.Sobreas estimativas do mercado financeiro para o saldo em conta corrente,a expectativa é que daqui a 16 meses o déficit aumente para US$22,20 bilhões, com o saldo da balança comercial em US$ 18, bilhões,bem menor do que a de 2009, quando os analistas estimam que poderáfechar em US$ 24,30 bilhões e os investimentos estrangeiros diretos,em US$ 30 bilhões, mais US$ 5 bilhões do que em 2009.