Previdência arrecada mais na área urbana em julho, mas aumenta deficit na área rural

19/08/2009 - 14h14

Lourenço Canuto
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A Previdência Social projeta deficit de R$ 1,29 bilhão nesteano para as despesas com os benefícios urbanos, estimando saldonegativo de R$ 39,8 bilhões para os pagamentos referentes à árearural. Os dados foram apresentados hoje (19) pelo ministro daPrevidência Social, José Pimentel. Em julho, houvesuperavit de R$ 13 milhões entre despesas e arrecadação naárea urbana. O resultado decorreu do aumento da arrecadaçãolíquida, que somou R$ 13,925 bilhões, e da queda de despesas compagamento de benefícios, com total de R$ 13,912 bilhões. Uma dasrazões é a nova metodologia para ressarcimento do auxílio-doença,cujos números vêm se reduzindo gradativamente.No mêspassado, a arrecadação líquida das contribuições da área ruralteve queda em relação ao mesmo mês de 2008. Foramarrecadados em julho R$ 361 milhões contra R$ 445 milhões em julhode 2008. As despesas custeadas no mês passado na área rural foramde R$ 3,4 bilhões, com crescimento de 8,2% sobre o mesmo mês do anoanterior, quando a conta ficou em R$ 3,2 bilhões.De janeiroa julho deste ano, a Previdência Social arrecadou R$ 97,3 bilhões,tendo custeado benefícios no total de R$ 122 bilhões, com deficitde R$ 24,6 bilhões. No ano passado, nesse período, foram pagos R$114,4 bilhões em benefícios, para uma arrecadação de R$ 92,6bilhões, com déficit de R$ 21,7 bilhões.O ministro JoséPimentel afirmou que o valor médio real dos benefícios daPrevidência atingiu R$ 664,7 de janeiro a julho deste ano, o querepresenta crescimento real de 20% em relação ao mesmo período de2002. Cerca de 69% dos pagamentos feitos em julho último tinhamvalor de até um salário mínimo, para um contingente de 18,4milhões de beneficiários diretos – na área urbana, foram pagosbenefícios no mês a 7,2 milhões de pessoas. Na área rural, onúmero de beneficiários foi de 7,8 milhões. Cerca de 3,4 milhões de pessoas receberam benefícios assistenciais. Pimentelexplicou que o reajuste de 12,5% no salário mínimo este ano levou aum deficit maior para os benefícios da área rural. Segundoele, a arrecadação revela tendência de alta, pois  aPrevidência está entre as receitas que vêm tendo maior crescimentona economia do país.