Inadimplência no comércio volta a crescer em julho

12/08/2009 - 13h18

Da Agência Brasil

Brasília - Ainadimplência no comércio do país registrou altade 15,25% em julho na comparação com o resultado do mêsanterior, voltando a crescer após queda de 22,67% registrada em junho. Osdados foram divulgados hoje (12) pela ConfederaçãoNacional dos Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviçode Proteção ao Crédito (SPCBrasil).Emrelação aos dados de julho de 2008, a inadimplênciacaiu 13,73%. No acumulado do ano, a queda é de 7,25%.Deacordo com o levantamento, as datas comemorativas nos últimosmeses, como os dias das Mães e dos Namorados, e a proximidadedo Dia dos Pais, foram os principais motivos que levaram o consumidora se comprometer com gastos e parcelamentos no varejo. Tambémcontribuíram para o resultado a redução doImposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para carros novos,materiais de construção e eletrodomésticos dalinha branca“Temos datas importantes anteriores ao mêsde julho. Isso gera novo endividamento do consumidor, o que énormal e natural”, disse o presidente do SPC Brasil, Roberto AlfeuPena Gomes.Asmulheres lideram os registros no SPC, com 54,98% do total deinadimplentes. Por idade, a maior parcela de endividados (27,58%) éformada por pessoas de 30 a 39 anos de idade.Ovolume de cancelamentos de registros no SPC também tevevariação negativa de junho para julho. O númerode pessoas que quitaram seus débitos teve queda de 26%. Noentanto, segundo o presidente do SPC Brasil, a tendência para osegundo semestre do ano é de alta na quantidade dessescancelamentos. Segundo ele, o consumidor vê a necessidade deter o nome limpo para voltar a consumir em datas comemorativas como oNatal.ParaGomes, a queda de 7,25% verificada no acumulado do ano revela umamudança na postura dos consumidores, que estão maiscautelosos ao fazer compras e preocupados em quitar as dívidas.Segundo ele, após o agravamento da crise financeirainternacional, em setembro de 2008, o consumidor passou a gastarmenos, com medo do futuro. “Ele entendeu que poderiaperder seu emprego.”