Medida para que visitantes de presos usem máscaras vale apenas para presídios federais

12/08/2009 - 22h25

Alex Rodrigues
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A determinação para que o acesso de visitantes de presos nas penitenciárias só sejam autorizados com o uso de máscaras descartáveis apenas é válida para os dois presídios federais, localizados nas cidades de Catanduvas (PR) e Campo Grande (MS). Para as penitenciárias e cadeias estaduais, a decisão do Departamento Penitenciário Nacional (Depen), publicada no Diário Oficial da União de hoje (12), serve apenas como uma “recomendação”. A informação é do diretor-geral do Depen, Airton Aloisio Michels.

“Nossa competência é cuidar das cadeias federais. Cada estado tem sua peculiaridade climática e de intensidade do problema, portanto, cada um vai avaliar a necessidade ou não do uso [da máscara]”, explicou Michel logo após participar, no Ministério da Justiça, em Brasília, da assinatura do acordo de cooperação que possibilita a criação da Força Nacional da Defensoria Pública em Execução Penal.

“Achamos prudente. Recebemos presos do país inteiro e eles, consequentemente, recebem visitas. Mas não houve nada. Essa é uma medida absolutamente preventiva”, afirmou o diretor, garantindo que, até o momento, nenhum caso de influenza A (H1N1) - gripe suína, foi confirmada entre presos.

“Realizamos um levantamento para saber se havia alguma incidência de gripe [entre os presos]. Houve alguns casos, mas nenhum da influenza A (H1N1) - gripe suína. Depois, conversamos com médicos, pedindo conselhos e nos foi sugerido que tomassemos essa providência, que não causa grandes problemas para ninguém. É melhor prevenir do que remediar”, disse.

Segundo a Agência Brasil apurou no fim de julho, estados como  do Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, de São Paulo e do Paraná já então haviam adotados as medidas para impedir o surgimento da doença entre presos.