Gripe suína no Brasil continua sob controle, diz Ministério da Saúde

11/06/2009 - 14h47

Amanda Cieglinski
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A ministra interina daSaúde, Márcia Bassit, garantiu hoje (11) que a transmissãoda influenza A (H1N1) - gripe suína no Brasil permanece sob controle, “limitada e semsustentabilidade”. Segundo ela, não será necessárioalterar nenhum procedimento de vigilância que o país jáadotou desde que a doença chegou ao território brasileiro.Hoje, a Organização Mundial daSaúde (OMS) aumentou para 6 o nível de alerta da gripesuína para o estado de pandemia.De ontem para hoje, o número de casosconfirmados de gripe suína no país aumentou de 43para 52 e 55 suspeitos estão sendo monitorados. Segundo odiretor de vigilância epidemiológica do ministério,Eduardo Hage, a transmissão no país permanece limitadaporque os casos registrados ou foram importados ou são depessoas que tiveram contato direto com pacientes vindos do exterior. Márcia ressaltou que a mudança donível 5 para o 6 na escala de alerta não altera agravidade da doença. “A letalidade da gripe suína nomundo é de 0,5%, considerada baixa pela OMS”, afirmou. Segundo a ministra, a vigilância emportos, aeroportos e zonas de fronteira permanecerá intensa.Ela ressaltou que o país conta com uma rede de 53 hospitais dereferência e 900 leitos de internação preparadospara receber casos da doença, além de kits de exames emedicamentos em quantidade suficiente para acolher possíveisdemandas. Hage declarou que a hipótese de atransmissão evoluir para sustentada não pode serdescartada nem pelo Brasil, nem por outros países onde hágrande fluxo de pessoas. “Mas os casos importados e os autóctonespodem ser detectados rapidamente e tratados”, disse o diretor. De acordo com ele, amudança de nível não restringe viagens oucirculação de pessoas pelo mundo, mesmo nos paísesem que há transmissão sustentada. Ao declarar o estado de pandemia, a OMS admite a constatação desurtos significativos com transmissão sustentada, de humanopara humano, em mais de uma das seis regiões monitoradas.“Não há motivo para medo oupânico. Trata-se de uma doença com pouca repercussãoclínica. Mais de 99% dos casos não evoluem para óbito”, explicou Hage. Os sintomas da doença são febre apartir de 37,5°C, acompanhada de tosse, dores no corpo ou decabeça.