IML de Recife já iniciou identificação de 16 vítimas do voo 447 da Air France

11/06/2009 - 15h31

Marcos Chagas
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Os peritos do Instituto Médico Legal (IML) iniciaram por volta das 14h de hoje (11) o trabalho de identificação dos 16 primeiros corpos de vítimas do voo 447 da Air France, que chegaram a Recife, procedentes de Fernando de Noronha. A assessoria de imprensa da Polícia Federal, que acompanha os trabalhos dos legistas, informou à Agência Brasil que os corpos chegaram no IML por volta das 2 horas da madrugada de hoje.Os profissionais responsáveis pelo trabalho preferem não estabelecer qualquer prazo para a conclusão das identificações. Mesmo porque, em alguns casos, pode acontecer de a identificação só ser possível por meio de exame de DNA, o que, neste caso, será feito no Instituto Nacional de Criminalística (INC), em Brasília.O trabalho de reconhecimento das vítimas passa por três fases. A primeira fase, ainda em Fernando de Noronha, é de realização do processo de pré-identificação, inclusive com a retirada de material genético. Ou seja, os peritos tiram impressões digitais, fotografias dos corpos e procuram sinais, como acnes e tatuagens, por exemplo, que facilitem o trabalho.De acordo com a assessoria da Polícia Federal, pode ocorrer de, nesta primeira fase, ser possível a identificação de algum corpo. Caso contrário, os corpos são encaminhados ao IML de Recife onde é realizada a autopsia. Se, mesmo assim, o trabalho não for conclusivo, as amostras do material genético são encaminhadas ao INC para exame de DNA. Como os 16 corpos foram congelados para o transporte da base de Fernando de Noronha à capital pernambucana, os profissionais que atuam no processo de identificação das vítimas só puderam começar os trabalhos na tarde de hoje, uma vez que é necessário esperar 12 horas para que os corpos sejam descongelados.Outros 25 corpos já resgatados e pré-identificados em Noronha são aguardados no Instituto Médico Legal de Recife para dar andamento ao processo de identificação. Em Recife foi montada uma força-tarefa para o processo de identificação. Profissionais franceses também participarão dos trabalhos.