Tarso diz que CPI da Petrobras é desserviço ao país e antecipação da disputa eleitoral

25/05/2009 - 20h15

Vladimir Platonow
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Oministro da Justiça, Tarso Genro, criticou hoje (25) a criação daComissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras no Senado eclassificou a iniciativa de "desserviço" ao país. Tarso considerou aCPI como uma antecipação da disputa eleitoral.“É um adiantamento doambiente aleitoral. A Petrobras é uma empresa que deve ser é protegida.Se tem alguma irregularidade para repasse, seja para petista, seja parapeessedebista, seja para qualquer outra instituição, tem que apurartecnicamente. Transformar isso em questão política, hoje, é um desserviçoao país”, afirmou o ministro, após receber o título de CidadãoHonorário do Rio de Janeiro, na Câmara Municipal.“Tomaraque seja uma CPI técnica, profunda, séria, como deve ser uma CPI,apresentando resultados para promover retificações ou correções. Quenão seja um palco iluminado para fazer bravata eleitoral. Os nossosparlamentares estão maduros para fazer uma CPI séria e não prejudicar aPetrobras, que é uma empresa importantíssima para o futuro do país”,disse.Tarso defendeu o lançamento de sua pré-candidatura aogoverno do Rio Grande do Sul, que chegou a ser criticada por setores doPT nacional, por criar dificuldades em consolidar alianças com o PMDBvisando a eleição presidencial. Segundo ele, embora haja interesse emcompor com os peemedebistas em nível nacional, isso não deve se repetirna política gaúcha.“O PMDB é um partido que integra a colizãode governo e fui eu que coordenei a entrada do PMDB e do PDT, quandoera ministro de Relações Institucionais. Agora, nós não podemosesquecer que os espaços regionais têm uma lógica própria, que foge àpresença nacional dos partidos. O PMDB sempre patrocinou as coalizõesde centro-direita, lá no estado. Sempre de uma forma hostil ao PT. Issoimpede lá uma situação de coalizão”, afirmou Tarso.