BB reduz taxas e amplia crédito para pessoas físicas

25/05/2009 - 18h35

Stênio Ribeiro
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Nove modalidades de empréstimo para pessoa física já estão com taxas de crédito reduzidas no Banco do Brasil (BB). O bancotambém ampliou a carteira de crédito para clientes em R$ 13 bilhões,e está com potencial para atender a 10 milhões de um total de 32 milhões de correntistas, de acordo com estimativa dovice-presidente de Crédito, Controladoria e Risco Global do banco,Ricardo Flores. O BB não divulgou o número atual de clientes com empréstimos, mas revelou que fechou o primeiro trimestre com R$ 61,1 bilhões na carteira de empréstimos a pessoas físicas.Flores disse que a conjugação das duas medidas resulta de uma combinação inovadora da metodologia de análise de risco decrédito com o aumento da propensão de clientes ao consumo, o que permiteaprimorar a oferta de produtos aos correntistas, com menorestaxas. Em trabalho que vem sendo feito há meses, segundo ele, o BBidentificou potencial de mais crédito para 10 milhões de clientes.Ricardo Flores acrescentou que a elevação automática no limite pré-aprovado de crédito já entrou em vigorhoje (25). Ele enfatizou que a decisão do BB de aumentar os limites decrédito dos clientes “está em sintonia com o cenário econômico, queaponta para queda consistente da taxa Selic, para a progressivaretomada da atividade econômica e para a estabilidade da inadimplênciano BB que, historicamente, tem sido abaixo da média dos outros bancos”.De acordo com Flores, adireção do BB “está tranquila” quanto aos riscos deinadimplência, uma vez que, tomando por base a não quitação decompromissos com atraso superior a 90 dias, a instituição registra inadimplênciaatual de 5,9%, enquanto a média no Sistema Financeiro Nacional (SFN)está em 8,3%. “Nossa inadimplência está absolutamente sob controle”,disse ele. E, para mantê-la no mesmo patamar, o Banco do Brasil dará prioridade atrabalhar com clientes tradicionais, acrescentou.Flores ressaltou que, com a política  de“emprestar mais e baratear o crédito com menor risco”, o BB pretende "fidelizar" clientes, ampliarnegócios e ganhar participação de mercado, de modo a aumentar acarteira de crédito para pessoas físicas entre 23% e 25% neste ano.Além disso, Flores adiantou que o BB também contribui para aumentar o consumoe estimular a economia.Deacordo com Aldo Mendes, vice-presidente de Finanças, Mercado deCapitais e Relações com Investidores do BB, que também participou daentrevista coletiva para anunciar as mudanças, a taxa mínima nosfinanciamentos de produtos da linha branca (geladeira, fogões e outros)era válida pelo prazo de 12 meses, e foi ampliada para até 24 meses.