Aneel defende fundo para equilibrar as tarifas de energia do país

25/05/2009 - 1h22

Sabrina Craide
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O diretor-presidente da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Nelson Hubner, disse hoje (25) que é preciso encontrar mecanismos para diminuir as distorções tarifárias entre as regiões do país. Para ele, uma das alternativas seria a criação de um fundo de equalização tarifária, composto por encargos pagos por distribuidoras de regiões onde o custo da tarifa é mais baixo. Esses recursos serviriam para reduzir os reajustes das tarifas onde a energia custa mais caro. “Vamos ter que caminhar para alguma mudança legal, criar algum mecanismo que nos permita segurar um pouco essas distorções”, afirmou Hubner. Ele também disse que a unificação de algumas concessões poderia evitar os desequilíbrios que existem no país. Segundo o presidente, essas mudanças não cabem à Aneel, e dependem de uma política tarifária do governo, que exigem alterações na legislação. Para exemplificar as diferenças de energia entre as distribuidoras do país, Hubner citou o exemplo da Companhia Energética de Goiás (Celg) e a Companhia Hidroelétrica São Patrício (Chesp), que atendem os consumidores de Goiás. Segundo ele, a Chesp tem a quarta energia mais cara do país, enquanto a Celg está em 52º lugar, entre as 63 distribuidoras do Brasil.Segundo o presidente da Aneel, é justo que consumidores de algumas regiões subsidiem a energia para outras áreas do país. “Temos realidades bastantes distintas no país. Os nordestinos vão para São Paulo porque não tem emprego lá, mas as indústrias não vão se instalar no Nordeste se o preço da energia industrial estiver o dobro que a do Sudeste”, ressaltou.