Arthur Virgílio rebate críticas de Lula sobre CPI da Petrobras

15/05/2009 - 19h27

Ivan Richard
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM),rebateu hoje (15) as declarações do presidente Luiz Inácio Lula daSilva, que classificou a iniciativa de criação da Comissão Parlamentarde Inquérito (CPI) da Pretrobras como irresponsável. Para o lídertucano, o recuo na instalação da CPI seria a condenação das minorias.“Irresponsávelé a forma como estão gerenciando a Petrobras e irresponsável é o medoque eles têm de deixar essa grande empresa ser investigada”, criticouVirgílio."Talvez, eles não estejam administrando essa grande empresade forma republicana”, complementou.Ele classificou as declarações de Lula como autoritárias. “Se tivéssemosfeito o que eles queriam seríamos responsáveis. Se fazemos aquilo o quenosso coração manda, aí ele [Lula] nos define, autoritariamente, deirresponsáveis. O presidente é autoritário e precisa aprender aconviver com a diversidade”, afirmou.Virgílio afirmou ainda quea CPI não é do seu partido. “Não é CPI do PSDB coisa alguma, porque oPSDB só tem 13 senadores e as assinaturas são de 32 senadores”, afirmou, referindo-se ao número de assinaturas necessárias para a instalação daCPI.“Se cedêssemos nisso, as maiorias condenariam as minorias anunca fazerem comissões parlamentares de inquérito nem nesse governocomo em nenhum outro mais. Não quis permitir a jurisprudência negativadesse episódio”, disse Virgílio.Para o tucano, a leitura do requerimento deinstalação da CPI da Petrobras, feito hoje pela manhã, foi uma questãode honra. Ontem (14) à noite, o adiamento da leitura gerou revolta desenadores tucanos e um bate-boca no plenário da Casa. “Foi uma questãode honra. A democracia é uma questão de honra pra mim. Não quero mais asombra ditatorial no país. A CPI não é do PSDB, é do DEM, do PSDB e doPPS, que firmaram um acordo entre seus presidentes nacionais”,acrescentou Virgílo.O amazonense disse que não ligará parasenadores para evitar a retirada de assinaturas. Para ele, a atitudeseria uma “agressão” aos demais parlamentares. “Não estou nem aí paraaqueles que não ligam para sua biografia. Vou ficar muito honrado setodos disserem que suas assinaturas valem. Quem disser que suaassinatura não vale, que arque com as consequência e com suaconsciência”.