Paulo Bernardo descarta redução nos cortes no Orçamento

30/04/2009 - 15h48

Daniel Lima
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O ministro do Planejamento,Orçamento e Gestão, Paulo Bernardo, descartou hoje (30) qualquer discussão nomomento para reduzir o corte no Orçamento da União por causa daqueda no resultado do superávit primário do governo. Segundo ele, o patamardefinido de 2,5% do Produto Interno Bruto (PIB) permitirá ao governocumprir suas obrigações até o final do ano. Hoje, o Banco Centralanunciou o pior superávitprimário trimestral desde 2004.“Se for pouquinho, vairesolvendo. Ou, então, se tiver despesa grande, vamos ter que discutircomo é que faz, onde vai ter que cortar. Agora, do jeito que está,estamos planejado até o final do ano.”O ministro rebateu àscríticas sobre a elevação de gastos do governo. Paulo Bernardolembrou que, diante da crise, o país tem uma situação bastantecontrolada e tranqüila, enquanto outrospaíses estão fazendo gastos “quase que estratosféricos”. “Se você pegar a projeçãode déficit dos Estados Unidos,  está batendo perto de 13% do PIB e aqui não estamos fazendo estatização de banco e não temos nenhumanecessidade de cobrir rombos com dinheiro público.”O ministro disse ainda que ogoverno tem feito é atender despesas fundamentais para manter o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC),os programas sociais e os programas habitacionais, como o Minha Casa ,Minha Vida.O ministro disse ainda que o governo Lula teve os maiores superávits da história do país.  "Estamos tranquilos nesse aspecto, porque o governo é austero e faz a sua parte”, enfatizou. Para o ministro, há umdebate ideológico das pessoas que querem criar alguma discussãosobre o tema, mas ele considerou  isso como parte da democracia