Maioria dos projetos do PAC que aguardam financiamento do BNDES é do setor privado

29/04/2009 - 19h41

Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - A carteira de projetosdo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) dentrodo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES)soma atualmente 257 projetos, segundo informou hoje (29) o presidentedo BNDES, Luciano Coutinho. Ele enfatizou que grande parte dosprojetos é feita pelo setor privado e diz respeito a grandeshidrelétricas, concessões de rodovias e ferrovias.

“Nós játemos R$ 101 bilhões”. Desse total, R$ 57,5 bilhõesjá estão contratados e R$ 44 bilhões estãoenquadrados. A isso se somam mais R$ 25 bilhões de 34 projetosem perspectiva, que elevarão para 291 o número deprojetos do PAC no BNDES, com financiamento potencial de R$ 125bilhões.

Segundo Coutinho, outraforça de sustentação da economia é oprograma de investimentos da Petrobras, que alcança US$ 174,4bilhões em cinco anos. O presidente do BNDES disse estarpreparando em conjunto com a Petrobras um processo de fomento para osserviços de exploração de petróleo etambém para maximizar a produção, no Brasil, deequipamentos e bens de capital.

Além disso, elemencionou que o Brasil possui várias cadeias do agronegócio,“que são super competitivas” e cujos preçoscomeçaram a mostrar recuperação. Lembrou, ainda,que as exportações brasileiras que têm comodestino a China se mantêm muito firmes.Para opresidente do BNDES, a melhora de expectativas “na margem”contribuiu para que o empresariado brasileiro voltasse a demandarrecursos junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico eSocial (BNDES) no primeiro trimestre deste ano, para seus projetos deinvestimento, dando novo impulso à economia.

“Não éuma melhora espetacular de expectativas. Mas, houve alguma melhora deexpectativas, com relação ao futuro”. Coutinhoafirmou não ter dúvidas de que a economia vai recuperaro crescimento, “a despeito da forte crise internacional”. Eacrescentou que “mesmo que a crise internacional seja duradoura, aeconomia brasileira tem potencial para retomar o crescimento, baseadoem várias de suas forças”.

Um desses fatores,segundo Coutinho, é a área de infra-estrutura. “Nósjá mostramos aqui que os planos de investimento eminfra-estrutura são muito firmes e se mantiveram incólumes.São decisões estratégicas. Em boa parte, sãodecisões de governo”, disse.