Comissão de Seguridade debate os 10 anos dos remédios genéricos

28/04/2009 - 18h49

Iolando Lourenço
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Agerente de Tecnologia Farmacêutica da AgênciaNacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Tatiana Lowande, disse hoje (28) que a fabricação de remédios genéricos no país, iniciada há dez anos, foi umgrande avanço para todo o Brasil. “A produção e o uso dos genéricoscomeçou de forma tímida, mas hoje representa uma boa parte do mercadonacional. Os produtos têm uma boa aceitação dos médicos e da população”.Os dez anosdo  início de fabricação dos remédios genéricos no Brasil e as suas conseqüências sobre a saúde dos brasileiros foio tema da audiência pública realizada hoje pela Comissão de SeguridadeSocial e Família da Câmara, com a presença de representante da Anvisa e da Associação Brasileiradas Indústrias de Medicamentos Genéricos (Pró-genéricos).Tatiana Lowande informouque estava substituindo o presidente da Anvisa, Dirceu Raposo deMello, que foi participar de reunião para definir estratégias para oenfrentamento da gripe suína, entre elas o treinamento de emergênciapara os trabalhadores dos portos e aeroportos de todo o Brasil.Arepresentante da Anvisa informou que uma das principais consequênciasda fabricação dos genéricos foi a redução dos preços dos medicamentos,até mesmo pela concorrência de mercado. Segundo ela, já são mais dedois mil genéricos fabricados por 36 laboratórios no Brasil e em 2008os genéricos participaram de 17% do total de remédicos comercializadosno país.O presidente do Pró-genéricos, Odnir Finotti, informouque são fabricados no Brasil remédios genéricos com cerca de 330principios ativos, com mais de 2.600 produtosregistrados e mais de 10 mil apresentações farmacêuticas. Segundo ele,esses medicamentos genéricos são tão eficazes e seguros quanto os demarca. “Pode-se tratar a maioria das doenças do dia-a-dia commedicamentos genéricos”, assegurou.Odnir Finotti defendeu arealização de uma grande campanha nacional para a divulgação daimportância do uso dos genéricos para levar mais informações aosmédicos e à população na hora de receitar e na hora de comprar omedicamento. Segundo ele, por lei, o remédio genérico tem que ser maisbarato do que o de referência. Além disso, os genéricos têm forçado aredução dos preços dos medicamentos de marca.