Paralisação de professores de escolas públicas mobilizou 23 estados e o DF

27/04/2009 - 18h31

Da Agência Brasil

Brasília - A paralisação nacional de professores de escolas públicas doensino básico realizada na última sexta-feira(24) mobilizou profissionais de 23 estados e do Distrito Federal, segundo balanço da Confederação Nacional de Trabalhadores em Educação (CNTE),divulgado hoje (27). Os estados de Roraima, do Espírito Santo e Amazonas foram osúnicos do país que não tiveram paralisações, mas realizaram atividades paramarcar a reivindicação.Os sindicatos que participaram da paralisação de professoresna última sexta-feira devem solicitar audiências com prefeitos e governadorespara pressionar pela implantação do piso estabelecido em lei, segundo RobertoLeão, presidente da CNTE. “Consideramos que os professores deram uma resposta aquem insiste em descumprir a lei”, afirmou.Apesar de considerar que a manifestação teve “êxito absoluto”,Leão não descarta a possibilidade de uma nova greve. “Podemos fazer outra greve,essa com mais dias”, afirmou.A paralisação nacional visava garantir a aplicação da leique estabelece o piso salarial de R$ 950 para professores de redes públicas deensino básico em todo o país. A lei está em vigor desde janeiro de 2009.Em São Paulo, cerca de 3 mil professores reuniram-se emassembléia no Sindicato dos Professores do Ensino do Estado de São Paulo(Apeoesp) na última sexta-feira. Uma nova paralisação deve ser feita na próximaquarta-feira (29), às 14h, junto com os funcionáriospúblicos do Estado.Em apoio ao protesto, mais de 5 mil professores da redepública do Distrito Federal (que estão em greve desde o último dia 7 de abril) reuniram-se, na sexta-feirapassada, ao lado da Catedral Metropolitana de Brasília (DF), para decidir osrumos da greve da categoria.Segundo balanço final, no Mato Grosso do Sul, no RioGrande do Sul, e em Rondônia, 80% das escolas municipais e estaduais aderiramao movimento. No Sergipe, a adesão foi de 100% das escolas municipais eestaduais. Na Bahia e no Paraná, 90% dos educadores aderiram ao movimento.