Ministério da Saúde afirma que não há casos de gripe suína no Brasil

27/04/2009 - 23h24

Da Agência Brasil

Brasília - O Ministério da Saúde divulgou na noite de hoje (27), por meio de nota, que até o momento não há evidências de casos de gripe suína no Brasil. De acordo com o ministério, estão sendo monitoradas 11 pessoas procedentes de áreas afetadas que apresentaram alguns sintomas clínicos da doença.

Dos pacientes que estão sendo monitorados, três estão em Minas Gerais, dois no Rio de Janeiro, dois no Amazonas, dois no Rio Grande do Norte, um em São Paulo e um no Pará.

O Ministério da Saúde afirma ainda que hoje (27)os atendentes do Disque Saúde (0800 61 1997) foram capacitados paraesclarecer dúvidas da população sobre a influenza suína, que não possuivacina.

Pela manhã, a Organização Mundial da Saúde (OMS) atualizou os critérios de definição de caso suspeito: sintomas de febre repetina, superior a 38ºC, acompanhada de um ou mais dos seguintes sintomas: tosse, dificuldade respiratória, dor de cabeça, dores musculares e nas articulações; e ter como procedência o México ou as áreas afetadas nos Estados Unidos e no Canadá, nos últimos dez dias.

A íntegra da nota do Ministério da Saúde:


Até  o  momento, não há evidências de circulação do  novo subtipo do vírus da influenza suína A (H1N1) no Brasil.

2.  O Ministério da Saúde acompanha o estado de saúde de 11 viajantes procedentes de áreas afetadas que apresentaramalguns sintomas clínicos. São três em Minas Gerais, dois no Rio de Janeiro, dois noAmazonas, dois no Rio Grande do Norte, um em São Paulo e um no Pará.Até o momento. Nenhuma dessas pessoaspreenche a definição de caso suspeito conforme os critérios estabelecidos peloMinistério da Saúde. Os pacientes continuam sendo acompanhados pelasSecretarias Estaduais de Saúde.

 

3.     Em nota, a Secretaria de Saúde doEstado de São Paulo descartou o diagnóstico de influenza suína para um segundo pacienteque estava internado no Hospital Emílio Ribas, na capital. O diagnóstico era sinusite.

 

4.     Na tarde desta segunda-feira, aOrganização Mundial de Saúde (OMS) elevou o elevou o nível de alerta da Emergênciade Saúde Pública de Importância Internacional da atual fase 3 para fase 4. A decisão foi baseadaprincipalmente em dados epidemiológicos, evidenciando a transmissão pessoa apessoa e a capacidade do vírus de causar surtos comunitários. Na medida em queinformações adicionais estejam disponíveis, a OMS poderá reduzir ou aumentar onível de alerta.

 

5.     O Ministério da Saúde considera quetodas as recomendações da OMS estão de acordo com as medidas já adotadas nopaís, em especial aquelas referentes a não restrição às viagens internacionaise a orientação para procura de atendimento médico, no caso dos viajantesprocedentes das áreas afetadas que apresentem sintomas compatíveis com ainfluenza suína.

 

6.     Pela manhã, a OMS atualizou oscritérios de definição de caso suspeito: febre repetina, superior a 38ºC,acompanhada de um ou mais dos seguintes sintomas: tosse, dificuldaderespiratória, dor de cabeça, dores musculares e nas articulações; e ter comoprocedência o México ou as áreas afetadas nos Estados Unidos e no Canadá,nos últimos 10 dias.

 

7.     Foram enviados, na tarde destasegunda-feira, 70 mil panfletos com informações sobre influenza suína para osAeroportos Internacionais de São Paulo/Guarulhos (20 mil), Belo Horizonte/Confins(20 mil), Salvador/Luiz Eduardo Magalhães (20 mil) e Rio de Janeiro/Galeão-TomJobim (10 mil).

 

8.     Até o fim da noite, serãoencaminhados mais 60 mil unidades para os aeroportos, sendo 20 mil para o Riode Janeiro/Galeão-Tom Jobim, 20 mil para Manaus/Eduardo Gomes, 10 mil para SãoPaulo/Guarulhos e 10 mil para Fortaleza/Pinto Martins. Novas remessas serãoenviadas periodicamente a todos os aeroportos do país.

 

9.     No desembarque, os viajantes  procedentes  das  áreas  afetadasreceberão o material com informações em  português, inglês  e  espanhol  sobre  os  sinais esintomas, medidas  de  proteção  e  higiene  e orientações  para  procurar  assistência médica.

 

10. Avisos sonoros estão sendoveiculados pela INFRAERO nos Aeroportos Internacionais de São Paulo/Guarulhos, Riode Janeiro/Galeão-Tom Jobim, Fortaleza/Pinto Martins, Natal/Augusto Severo e Brasília/JuscelinoKubitschek, desde esta segunda-feira. Até esta terça-feira, a veiculação deveráse estender para todos os aeroportos do país.

 

11. Se houver pessoas com os sintomas,elas serão encaminhadas, pelos funcionários da ANVISA, à(s) unidade(s) de saúdede referência no respectivo estado de desembarque. São 49 unidades em todo opaís, ao menos uma por unidade da federação.

 

12. Nesta segunda-feira, os atendentesdo Disque Saúde (0800 61 1997) foram capacitados para tirar dúvidas dapopulação sobre a influenza suína.

 

13. Desde a última sexta-feira (24/4), aDeclaração de Bagagem Acompanhada (DBA) dos passageiros de voos internacionaisque desembarcam no Brasil está sendo recolhida pela ANVISA. O documento, depreenchimento obrigatório, é fonte  de  informações  para eventual  busca  de contatos se for detectado caso suspeito na mesmaaeronave.

14. Não existe vacina contra esse vírusde influenza suína, responsável por esta Emergência de Saúde Pública deImportância Internacional.

 

15. A vacina utilizada na CampanhaNacional de Vacinação contra Gripe, que está sendo realizada nesse momento noBrasil, direcionada à população com mais de 60 anos, destina-se somente àproteção contra a influenza sazonal e não protege contra a influenza suína. ACampanha segue normalmente até o próximo dia 8 de maio.

 16. Segundo a OMS, não há registro detransmissão da influenza suína para pessoas por meio da ingestão de carne deporco e produtos derivados. O vírus não resiste às altas temperaturas (acima de70ºC) sob as quais os alimentos são cozidos ou assados.   

17. A OMS também não recomenda, até omomento, restrições de comércio ou viagens para as áreas afetadas.

 

18. Outras informações na páginaespecial sobre influenza suína no portal do Ministério da Saúde – www.saude.gov.bv