Lideranças da sociedade civil e governo lançam Compromisso Todos pela Educação

06/09/2006 - 20h09

Flávia Albuquerque e Elaine Patrícia Cruz
Repórteres da Agência Brasil
São Paulo - Foi assinado hoje (6) no Museu do Ipiranga, em São Paulo, oCompromisso Todos pela Educação, uma iniciativa de representantes da sociedadecivil com apoio do Ministério da Educação, do Conselho Nacional de Secretáriosda Educação (Consed) e da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Ensino(Undime). O objetivo é melhorar a educação pública do Brasil e dar aoportunidade para que todas as crianças tenham acesso à escola e sejamalfabetizadas até 2022, ano em que se comemora o bicentenário da Independênciado Brasil.Foram estabelecidas cinco metas de compromisso até 2022:toda criança e adolescente entre 4 e 17 anos de idade deve estar na escola;toda criança até 8 anos de idade deve saber ler e escrever; todos os alunos devemcompletar o ensino fundamental e médio; todos os alunos devem ter acesso a umaeducação de qualidade; e a educação deve ter a garantia dos recursosnecessários para que se cumpram as metas de acesso, permanência e sucessoescolar.Segundo Milú Vilela, do Instituto Faça Parte, o ponto maisimportante do projeto é a participação de todos os brasileiros. “Deve-sedespertar em cada um dos brasileiros uma obstinação e uma indignação pelasituação em que nós estamos na educação. Queremos atingir uma educação dequalidade de ensino para todos porque só assim o Brasil será um país diferente,socialmente e economicamente”, afirmou.Para despertar o interesse da sociedade para a questão daeducação, o Compromisso criou um portal na internet (www.todospelaeducacao.org.br),que vai ajudar as empresas e organizações responsáveis pelo projeto aacompanhar o cumprimento das metas.  De acordo com Patrícia Cruz, coordenadora executiva doCompromisso, é fundamental o comprometimento da sociedade e dos governosmunicipais, estaduais e federal para que as metas sejam cumpridas. “Essas metasserão implementadas pelo governo. Grande parte dessas metas é responsabilidadedos governos. Mas isso depende do apoio de todos os brasileiros. Cada um de nósdeve fazer uma reflexão sobre que tipo de educação a gente quer para ascrianças e jovens e o que podemos fazer para ajudar”.