Flexibilização do monopólio em 1997 leva à criação da ANP

21/04/2006 - 9h12

Rio, 21/4/2006 (Agência Brasil - ABr) - Se a produção em águas profundas foi um dos destaques da Petrobras na década de 1980, os anos seguintes seriam marcados pela vanguarda tecnológica. Da exploração em profundidades de até mil metros, para o desafio das águas ultraprofundas.

Na década de 1990, a Petrobras desenvolveria tecnologias para ampliar sua capacidade de exploração e produção de óleo, como o sensoriamento remoto, a perfuração horizontal de poços e a robótica submarina. Com isso, a empresa supera, em 1997, a marca de um milhão de barris de óleo por dia.

Mas ao mesmo tempo em que vence barreiras tecnológicas, ganhando inclusive um prêmio Offshore Technology Center (OTC Award, um Oscar do setor petrolífero), a Petrobras tem de se adaptar a outro desafio: a quebra do monopólio e a atuação em um ambiente de competitividade dentro do Brasil.

Em agosto de 1997, a Lei 9.478 regulamentou uma emenda constitucional que flexibilizava o monopólio estatal da Petrobras, permitindo que outras empresas explorassem e produzissem óleo em território brasileiro. A responsabilidade pelo controle do setor petrolífero sairiam das mãos da empresa para as da recém-criada Agência Nacional do Petróleo (ANP).