Superintendente da Cemig diz que MAB invadiu e destruiu parte da empresa

03/04/2006 - 15h25

Érica Santana
Repórter da Agência Brasil

Brasília – O superintendente de controle e gestão empresarial da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig), Lauro Davi, disse que o prédio sede da empresa foi invadido por manifestantes que participaram hoje (3) da marcha contra o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).

"Eles invadiram de forma violenta e abrupta e saíram fazendo um quebra-quebra generalizado. Quebraram a recepção da companhia; os computadores; as portas de blindex e câmeras de segurança de vídeo. Até o nosso espaço cultural foi danificado pela agressão dos invasores", afirmou.

Lauro Davi foi contrário à versão dos manifestantes, segundo a qual a Polícia Militar teria empurrado para dentro do prédio. De acordo com ele, o Batalhão de Choque da Polícia Militar só teria chegado depois da invasão, iniciada por volta das 9h30. "Quando eles entraram dentro do prédio não tinha qualquer policial. Eles já foram entrando e quebrando tudo".

De acordo com o superintendente, câmeras internas do prédio teriam registrado a ação violenta dos manifestantes. "Tem uma determinada cena em que um dos integrantes do movimento abre uma sacola, tira um machado de dentro e quebra o blindex da entrada da recepção". Lauro informou que toda a entrada foi danificada e que até que a infra-estrutura do edifício seja recomposta, a Polícia Militar fará a guarda permanente.

Lauro Davi esclareceu ainda que a Cemig não tem qualquer pendência com a sociedade civil e que a companhia está de acordo com todos os processos negociados e pactuados.

De acordo com uma das coordenadoras do Movimento dos Atingidos por Barragens, Sônia Carneiro Oliveira, os cerca de 600 manifestantes planejavam ocupar o prédio da Cemig para discutir o preço da energia, quando foram surpreendidos e reprimidos pela Polícia Militar. "A Polícia reprimiu a manifestação. Empurrou os trabalhadores para dentro da Cemig, quebrando os vidros. Há várias pessoas machucadas. Eles fizeram no sentido de dar a entender que foi o movimento que fez esse processo", disse a coordenadora.