Cúpula de Quito será segundo encontro entre ministros árabes e sul-americanos

03/04/2006 - 10h33

Paulo Montoia
Repórter da Agência Brasil

São Paulo - A Cúpula de Ministros da Economia e de Áreas Afins da Liga Árabe e América do Sul, que acontecerá em Quito (Equador) nos dias 25 e 26 de abril, será o segundo encontro a nível ministerial entre as duas regiões. O primeiro foi a reunião de ministros da Cultura, nos dias 2 e 3 de fevereiro deste ano, em Argel. Deverão participar dele os ministros da economia dos 36 países das duas regiões e as confirmações de presença ainda estava em andamento até o final de março.

"A cúpula em si será precedida de uma reunião de peritos nos dias 23 e 24, na qual já se prepara o documento que será assinado.Essa cúpula tem também o objetivo de aproximar os dois blocos, para que as pessoas se conheçam, nos vários níveis e áreas. Trata-se não só de definir atividades que serão implementadas em comércio e investimentos, mas também que os dirigentes dessas áreas de conheçam melhor", explicou Anuar Nahes, diplomata do Itamaraty que coordena o Seguimento da Cúpula América do Sul - Países Árabes, realizada em 2005.

"A agenda prevê que na reunião de Quito sejam discutidos e tentem ser definidos projetos na área de investimentos, uma coordenação entre instituições árabes e sul-americanas de investimentos, como é que o setor privado pode participar disso, como podemos harmonizar os dados sobre comércio e investimentos - para que tenhamos realmente um mapa de como anda o fluxo das duas áreas; investimentos em turismo e financiamento de programas sociais contra a pobreza", diz Nahes.

No comércio, segundo o ministro, o ponto mais importante será o andamento do acordo entre o Mercosul e o Conselho de Cooperação do Golfo. "Este acordo talvez seja o passo mais importante que está sendo dado em comércio e investimentos. A expectativa de vários países da região é de que, com o tempo, esse acordo possa ser estendido a todos os países das duas regiões", diz.

Também serão discutidos quais acordos bilaterais poderão estimular os negócios; a criação de um comitê de segmento (de empresários ligados às câmaras árabes); os gargalos que impedem o avanço do comércio, como em transportes e em comunicações.