Edla Lula
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O ministro do Trabalho, Luiz Marinho, disse hoje (19) que o impacto da antecipação, em um mês, do aumento do salário mínimo para R$ 350 seria de R$ 1,068 bilhão nas contas do governo. A proposta foi apresentada nesta tarde, por dirigentes das centrais sindicais, em reunião com representantes do governo. Por isso, a equipe econômica pediu prazo até a próxima terça-feira (24) para decidir se aceita a proposta.
Inicialmente, o governo propôs o reajuste do salário mínimo para R$ 350, a partir de maio, e os sindicalistas pediram R$ 350 em março ou R$ 360 em maio. A última proposta apresentada pelas centrais sindicais é de R$ 350 a partir de abril. As centrais pedem também correção de 8% na tabela do Imposto de Renda Pessoa Física. Segundo o ministro Luiz Marinho, o impacto da correção da tabela do Imposto de Renda em 8% seria de R$ 1,1 bilhão.
"Não há acordo fechado, mas há uma aproximação das possibilidades de acordo", comentou Marinho, ao informar que, até terça-feira, a equipe econômica analisará se o aumento pode provocar algum desequilíbrio na economia e se vai assegurar distribuição de renda.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai participar da próxima reunião em que representantes do governo e das centrais sindicais vão definir o novo valor do salário mínimo. A reunião está prevista para terça-feira, às 10 horas, no Palácio do Planalto.