Questões comerciais também serão discutidas durante visita de Kirchner ao Brasil

18/01/2006 - 8h56

Mylena Fiori
Repórter da Agência Brasil

Brasília – Os presidentes e ministros brasileiros e argentinos devem tratar de questões comerciais durante a visita de Néstor Kirchner ao país, segundo informou o subsecretário geral da América do Sul do Ministério das Relações Exteriores, embaixador José Eduardo Martins Felício. O presidente argentino deve vir acompanhado dos ministros das Relações exteriores, Comércio e Culto; da Economia e Planejamento e dos secretários de Indústria, Energia, Comunicações e Saúde.

Uma das questões que é a adoção da Cláusula de Adaptação Competitiva – mecanismo de restrição à entrada de certos produtos brasileiros no mercado argentino até a recuperação da competitividade da indústria local. Mas o assunto só deve ser efetivamente resolvido em reuniões bilaterais até o dia 31 de janeiro. A data foi definida durante as comemorações do Dia da Amizade entre Brasil e Argentina, em 30 de novembro do ano passado, em Puerto Iguazu, quando os dois países firmaram mais de 20 acordos em áreas como energia nuclear, cooperação espacial, telecomunicações, defesa, energia, educação e cultura. "As coisas estão avançando", afirmou Felício.

Ele destacou, porém, que um mecanismo como a Cláusula de Adaptação Competitiva deve valer para o Paraguai e o Uruguai, também integrantes do Mercosul. "Há problemas de competitividade industrial entre Brasil e Argentina que, por questão de escala, não envolvem os outros parceiros. Mas está muito claro, para mim, que vamos ter que transformar a Cláusula de Adaptação Competitiva num entendimento do Mercosul", disse. "É um regime de proteção que interessa a todo mundo, com benefícios a todos nós".